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Derrame pleural
O manejo de derrames pleurais complicados e empiemas é uma competência essencial para residentes em cirurgia torácica. Por isso, se atualizar e relembrar sobre esse tipo de cirurgia é fundamental para as provas de residências. Vamos rever alguns deles! Este artigo aborda os conceitos fundamentais, critérios diagnósticos e estratégias de tratamento, com base no conteúdo do documento fornecido.
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Introdução
Derrames pleurais são acúmulos de líquido no espaço pleural que podem resultar de diversas condições, incluindo infecções, insuficiência cardíaca e malignidades. Quando associados a infecções bacterianas, podem evoluir para derrames pleurais complicados e empiemas, exigindo intervenção cirúrgica.
Fisiopatologia do Derrame Pleural
O derrame pleural ocorre quando há um desequilíbrio entre a produção e a reabsorção de líquido pleural. No contexto de infecção, como no empiema, a presença de bactérias no espaço pleural desencadeia uma resposta inflamatória. Macrófagos intrapleurais produzem citocinas inflamatórias, aumentando a permeabilidade capilar e a pressão oncótica, resultando em acúmulo de líquido.
Critérios Diagnósticos
Os critérios para identificar um exsudato neutrofílico complicado incluem:
- pH < 7,2
- LDH > 1000
- Glicose < 40 mg/dL
- Bacterioscopia positiva
- Presença de pus
A análise bioquímica do líquido pleural, especialmente a medição do pH, é crucial para determinar o estado de complicação do derrame.
Tratamento do Derrame Pleural Complicado
O tratamento visa esvaziar o espaço pleural e tratar a infecção subjacente. As opções incluem:
– Drenagem por toracocentese ou dreno torácico: Essencial para remover o líquido pleural e permitir a aposição das pleuras visceral e parietal.
- Pleuroscopia: Pode ser necessária para esvaziamento completo em casos mais complexos;
- Antibioticoterapia: Fundamental para o manejo da infecção associada.
Manejo do Empiema
O empiema, caracterizado pela presença de pus ou bactérias no espaço pleural, requer intervenção agressiva. A drenagem torácica é indicada na maioria dos casos, exceto quando o paciente está clinicamente estável com derrame mínimo. A escolha do método de drenagem depende da fase do empiema e das características do paciente.
Fases do Empiema
Fase Exsudativa (Aguda)
- Duração: 1 a 2 semanas;
- Características: Líquido livre e estéril;
- Tratamento: Esvaziamento pleural e antibióticos.
Fase Fibrinopurulenta
- Duração: 2 a 3 semanas;
- Características: Líquido turvo, presença de bactérias e loculações;
- Tratamento: Videotoracoscopia com defloculação.
Fase de Organização
- Duração: 3 a 4 semanas;
- Características: Espessamento e fibrose do hemitórax;
- Tratamento: Decorticação ou toracotomia.
Técnicas de Drenagem Torácica
A escolha do sistema de drenagem é crucial para o sucesso do tratamento:
- Drenagem em selo d’água: Utiliza sistemas de 2 ou 3 frascos para criar pressão negativa e facilitar a remoção do líquido;
- Válvula de Heimlich: Oferece maior mobilidade ao paciente, ideal para fisioterapia;
- Sistema de drenagem eletrônico: Mais moderno, permite monitoramento preciso do escape de ar e líquido.
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