Conceitos gerais
A obesidade é um problema de saúde pública no Brasil que vem se agravando nos últimos anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, um número cada vez maior de brasileiros está acima do peso, o que aumenta o risco de diversas doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e doenças do coração.
A fisiopatologia da obesidade é multifatorial, já que possui influências ambientais, genéticas e comportamentais (incluindo as questões psicossociais).
Não podemos relacionar a obesidade somente ao sobrepeso, mas ele é um importante indicador da condição do paciente.
Metabolismo
Um conhecimento importante para as provas é a forma como o metabolismo é afetado pela obesidade ou como a desregulação dele pode ser a causa da condição. Por várias vias complexas, os diferentes fatores que podem envolver a obesidade se correlacionam, o que pode causar uma intensificação da condição. Abaixo, vamos analisar um fluxograma para entender a complexidade dos sistemas metabólicos envolvidos.
Um detalhe muito importante a ser citado é que na maioria das questões que envolvem a obesidade cobradas nas provas de residência, precisamos entender como cada substância atua sobre as diferentes vias: estimulando ou inibindo. Uma das substâncias mais cobradas é a Grelina, já que ela é a única que estimula a via orexígena (todas as outras estimulam a via anorexígena).
O que é a via orexígena?
A via anorexígena envolve uma complexa rede de hormônios e neurotransmissores que interagem no sistema nervoso central, principalmente no hipotálamo. Quando comemos, diversos sinais são enviados para o cérebro, indicando que estamos saciados. Esses sinais incluem: Hormônios (A leptina, produzida pelas células adiposas, e a colecistocinina (CCK), liberada pelo intestino, são exemplos de hormônios que atuam na via anorexígena, promovendo a sensação de saciedade) e Neurônios (Neurônios especializados no hipotálamo expressam receptores para esses hormônios, desencadeando uma cascata de eventos que inibem o apetite e aumentam o gasto energético).
Diagnóstico
Podemos analisar diversos indicadores para finalizar um diagnóstico de obesidade, como:
1- Índice de massa corpórea – IMC;
Apesar de não ser tão preciso (já que não analisa a composição corpórea de gordura, músculo e ossos do paciente) é o marcador com maior aplicabilidade populacional. Ele não nos proporciona uma análise individual, mas é a medida mais cobrada em provas devido a facilidade de aplicá-la na clínica.
IMC (kg/m2) | Classificação |
<18,5 | Baixo peso/ magreza |
18,5 – 24,5 | Eutrofico/ normal |
25 – 29,9 | Sobrepeso |
30 – 34,9 | Obesidade grau 1 |
35 – 39,9 | Obesidade grau 2 |
>40 | Obesidade grau 3 |
2 – Relação cintura-quadril – RCQ;
Esse pode nos dar uma melhor avaliação da distribuição da gordura corporal
3 – Circunferência abdominal;
Usado como marcador cardiovascular associado ao IMC, avalia-se essa medida durante todo tratamento e seguimento.
4 – Medidas de pregas cutâneas;
Essa pode nos indicar a correlação entre gordura localizada no tecido adiposo subcutâneo e gordura corporal total. As pregas normalmente usadas são: subescapular, triciptal, biciptal, suprailíaca e coxa.
5 – Bioimpedância ou impedanciometria elétrica.
Usada para mensurar o tecido adiposo a partir da resistência à passagem da corrente elétrica. A vantagem de usar essa técnica é a facilidade e praticidade do aparelho, contudo a desvantagem é a fragilidade dele a influência da temperatura e ciclo menstrual.
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