Espera por consultas no SUS bate recorde histórico e preocupa especialistas

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A fila de espera por consultas no Sistema Único de Saúde (SUS) atingiu um recorde histórico, evidenciando a crise no atendimento público de saúde no Brasil. Pacientes aguardam meses, e em alguns casos, até anos para conseguir uma consulta especializada, o que pode comprometer diagnósticos e tratamentos. O problema gera impactos diretos na qualidade da assistência médica e reforça a necessidade de medidas urgentes para reduzir a sobrecarga do sistema.

Fila do SUS atinge maior tempo de espera da história

Dados recentes revelam que o tempo médio de espera por uma consulta especializada no SUS nunca foi tão alto. Em algumas regiões, a espera pode ultrapassar dois anos para determinadas especialidades, como cardiologia, neurologia e ortopedia. Entre os principais fatores que agravam essa situação estão:

  • Déficit de médicos especialistas: A distribuição desigual de profissionais no país dificulta o acesso a diversas especialidades.
  • Baixo investimento em infraestrutura: Falta de equipamentos, insumos e unidades de atendimento aumentam os gargalos no sistema.
  • Atenção básica sobrecarregada: Sem um atendimento preventivo eficiente, muitas doenças evoluem para quadros mais graves, exigindo consultas especializadas.
  • Efeitos da pandemia: O acúmulo de atendimentos represados durante a crise sanitária ainda impacta a fila do SUS.

Impactos para os pacientes

A demora no acesso à saúde pública tem consequências sérias para a população. Pacientes com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e câncer, correm risco de agravamento do quadro clínico enquanto aguardam atendimento. Além disso, a longa espera aumenta a demanda por urgência e emergência, sobrecarregando ainda mais o sistema hospitalar.

Medidas do governo para reduzir o tempo de espera

Diante desse cenário alarmante, o Ministério da Saúde (MS) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) estão implementando ações para mitigar o problema.

Em março de 2025, o ministro da saúde, Alexandre Padilha, propôs que os hospitais universitários ampliem os horários de atendimento para diagnósticos e cirurgias eletivas, incluindo atendimentos aos sábados. Essa iniciativa visa aumentar a capacidade de atendimento e reduzir o tempo de espera no SUS.

Além disso, o Ministério da Saúde estabeleceu novas diretrizes para a regulação assistencial no SUS, determinando a obrigatoriedade e a periodicidade de envio de dados de solicitações de procedimentos e encaminhamentos a serviços especializados para a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Essa medida busca garantir um fluxo mais ágil e informatizado das informações sobre regulação, beneficiando gestores e cidadãos que dependem dos serviços de saúde pública.

A Ebserh também está colaborando com o Ministério da Saúde no Programa Mais Acesso a Especialistas, que tem como foco tornar o acesso do paciente às consultas e aos exames especializados mais rápido e menos burocrático. A estratégia prevê que, quando o paciente precisar de mais de uma consulta ou exame especializado, ele seja encaminhado a um serviço de saúde que realize todas, ou a maioria, das consultas e exames necessários, evitando múltiplas filas de espera.

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