As glomerulopatias representam um grupo diversificado de doenças que afetam os glomérulos renais, responsáveis pela filtração do sangue nos rins. Para os futuros residentes em medicina, especialmente aqueles focados em nefrologia, é essencial entender as diferentes formas de glomerulopatias, suas manifestações clínicas, diagnósticos e abordagens terapêuticas. Este artigo, baseado no conteúdo do documento fornecido, oferece uma visão abrangente sobre este complexo grupo de doenças.
Conceitos básicos
Glomerulopatias são condições que causam danos aos glomérulos, as unidades de filtração dos rins. Elas podem ser classificadas de várias maneiras, incluindo primárias, quando o rim é o principal órgão afetado, ou secundárias, quando são parte de uma condição sistêmica.
Classificação e Etiologia
- Glomerulonefrite Segmentar e Focal (GESF):
- Primária: De origem imunológica, responde bem a imunossupressores.
- Secundária: Resulta de sobrecarga do néfron, obesidade ou nefrectomia parcial. É mais comum em adultos.
- Nefropatia Membranosa:
Principal causa de síndrome nefrótica em idosos. Caracteriza-se pelo espessamento da membrana basal glomerular.
- Doença por Lesão Mínima:
Predominante em crianças, não requer biópsia renal para diagnóstico e responde bem a corticoides.
- Nefropatia por IgA:
Mais comum, manifestando-se classicamente como hematúria sinfaringítica.
- Doença de Alport:
Ligada ao cromossomo X, apresenta-se com hematúria, surdez neurossensorial e alterações oculares.
Manifestações Clínicas
As glomerulopatias podem se manifestar de várias maneiras, incluindo:
- Síndrome Nefrótica: Caracterizada por proteinúria > 3,5 g/dia, hipoalbuminemia, edema e hipercolesterolemia.
- Síndrome Nefrítica: Inclui hematúria, hipertensão e redução da função renal.
- Anormalidades Urinárias: Como hematúria e proteinúria, que são sinais importantes para investigação.
Diagnóstico
O diagnóstico das glomerulopatias envolve uma combinação de exames laboratoriais e de imagem, como o exame de Urina Tipo 1 (que identifica hematúria e proteinúria), a biópsia Renal (que é essencial para o diagnóstico definitivo e para diferenciar entre os diferentes tipos de glomerulopatias) e os exames de Imagem (como ultrassonografia, podem ajudar a avaliar a estrutura renal).
Tratamento
O tratamento das glomerulopatias varia conforme o tipo e a gravidade da doença. Podemos recorrer a imunossupressores, que são usados em condições como GESF primária e nefropatia membranosa, controle de Sintomas, o que inclui o uso de diuréticos para manejo do edema e anti-hipertensivos para controle da pressão arterial, e a terapia de Substituição Renal, que pode ser necessária em casos de falência renal avançada.
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