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quinta-feira, 30 janeiro
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Hidronefrose e RVU: uma condição importante para nefrologia na pediatria

A nefrologia pediátrica é uma área fascinante e desafiadora da medicina, repleta de nuances e complexidades únicas. Dentro dessa intercessão de residências encontramos condições infantis que merecem marcante atenção, como a Hidronefrose e o Refluxo Vesicoureteral (RVU), por isso vamos relembrar alguns detalhes dessas anormalidades.

Hidronefrose

A hidronefrose, caracterizada pela dilatação da pelve renal com ou sem dilatação dos cálices renais, é um achado comum na ultrassonografia pré-natal, afetando cerca de 1% das gestações. O diagnóstico é baseado no diâmetro anteroposterior da pelve renal (DPR), sendo considerado significativo quando:

  • 4 mm entre 18 e 22 semanas de gestação
  • 7-10 mm no terceiro trimestre de gestação

É importante notar que a hidronefrose transitória é a causa mais comum, representando 41 a 88% dos casos. Esta condição geralmente se resolve com o tempo e não tem implicações clínicas significativas.

Fonte: https://rmmg.org/artigo/detalhes/624 

Etiologia e Manejo

Quando a hidronefrose persiste ou é mais grave, devemos considerar as anomalias congênitas do rim e do trato urinário (CAKUT). A obstrução da junção ureteropélvica (JUP) é o diagnóstico mais comum, seguida pelo refluxo vesicoureteral (RVU).

O manejo da hidronefrose inclui:

  •   Ultrassonografia pós-natal a partir do 7º dia de vida
  • Antibioticoprofilaxia em casos de DPR > 8mm
  • Investigação adicional com uretrocistografia miccional (UCM) ou cintilografia renal em casos de hidronefrose acentuada ou dilatação ureteral

Refluxo Vesicoureteral (RVU)

O RVU é definido como a passagem retrógrada de urina da bexiga para o trato urinário superior. Esta condição é particularmente importante devido ao risco de pielonefrite, injúria renal e potenciais sequelas, incluindo perda de função renal.

Classificação e Diagnóstico

O RVU é classificado em cinco graus, baseados na extensão do refluxo e na dilatação do sistema coletor:

Fonte: Acervo de Aulas do Grupo MedCof.
  • Grau 1: Refluxo limitado ao ureter
  • Grau 2: Refluxo atinge pelve e cálices sem dilatação
  • Grau 3: Leve dilatação da pelve e/ou cálices
  • Grau 4: Moderada dilatação com tortuosidade do ureter
  • Grau 5: Dilatação grave com perda das impressões papilares

O diagnóstico é realizado através de uretrocistografia miccional com contraste ou cistografia com radionuclídeo.

Tratamento e Prognóstico

O manejo do RVU varia de acordo com a gravidade:

  • Graus menores: Tendência a evitar antibioticoterapia, focando na correção de fatores predisponentes como constipação e fimose
  • Graus avançados: Profilaxia antibiótica e, em alguns casos, intervenção cirúrgica

O prognóstico está relacionado ao risco de infecções urinárias recorrentes e potencial redução do parênquima renal.

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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