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terça-feira, 25 fevereiro
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Implante estimulador da medula espinhal apresenta melhorias funcionais temporárias

Pesquisadores relataram uma melhora em três pacientes com uma doença destrutiva muscular, devido a um implante estimulador da coluna, também testado em paralisias. Entenda a seguir!

A pesquisa

No dia 05 de fevereiro de 2025, pesquisadores relataram a primeira evidência de que um implante estimulador da coluna também pode ajudar em doenças neurodegenerativas, como atrofia muscular espinhal, restaurando algumas funções musculares, pelo menos temporariamente.

Marco Capogrosso, professor assistente da Universidade de Pittsburgh que liderou a pesquisa, afirma que os três pacientes estão ficando cada vez melhor, graças à pesquisa revolucionária. Ele conta que os pacientes ficaram um pouco mais fortes e foram capazes até mesmo de ficar em pé e andar.

O que é a Atrofia Muscular Espinhal?

A AME é uma doença genética que destrói gradualmente os neurônios motores, células nervosas na medula espinhal que controlam os músculos, deixando os músculos desgastados. Não há cura para essa doença, porém terapia genética pode salvar a vida de crianças muito pequenas com uma forma grave da doença, e existem alguns medicamentos para retardar o agravamento em pacientes mais velhos.

Como funciona o procedimento

Há algum tempo pesquisadores já utilizam baixos níveis de eletricidade para estimular a medula espinhal e tratar doenças crônicas, porém, somente agora Marco testou em pessoas paralisadas por derrames ou lesões na medula. O procedimento consiste em destruir circuitos de nervos dormentes da lesão, ocasionando na ativação dos músculos. Assim, o professor da universidade se questionou se essa mesma tecnologia poderia ajudar a AME de forma semelhante, acelerando os nervos sensoriais relacionados para que eles despertem as células musculares danificadas, ajudando-as a se movimentar para combater o desgaste.

O procedimento consiste em eletrodos implantados na medulha espinhal de três adultos com AME, com testes de força muscular, fadiga, amplitude de movimento e mudanças na marcha e distância percorrida quando o dispositivo estava disparando e quando estava desligado.

Vale ressaltar que os movimentos não foram restaurados, porém com apenas algumas horas de estimulação espinhal por semana, todos rapidamente viram melhorias na força e função muscular, segundo os relatos dos pesquisadores na revista Nature Medicine.

Susan Harkema, neurocientista que liderou os estudos pioneiros de estimulação, alerta que a pesquisa é pequena e curta, mas o chamou de uma importante prova de conceito.

Na universidade, Capogrosso disse que alguns estudos pequenos, porém mais longos, estão em andamento.

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Leila Menzel
Leila Menzel
Estudante do 4° semestre de jornalismo, amo e escrevo poesias e viajo em livros de romances clichês.
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