Entenda mais sobre a menopausa precoce, também conhecida como falência ovariana precoce, condição médica que afeta a saúde reprodutiva das mulheres, muitas vezes trazendo preocupações significativas.
Sumário
A insuficiência ovariana primária (IOP) é caracterizada sobretudo pela interrupção prematura da função ovariana, resultando na diminuição dos níveis de hormônios sexuais, como estrogênio e progesterona. Além disso, também caracteriza-se pelo desenvolvimento de hipogonadismo hipergonadotrófico antes dos 40 anos de idade. Sendo assim, pode levar a sintomas semelhantes aos da menopausa, como irregularidades menstruais e sintomas vasomotores.
Qual a epidemiologia da menopausa precoce?
A incidência específica de idade de IOP é de aproximadamente 1 em 250 aos 35 anos e 1 em 100 aos 40 anos, como estudos realizado por Coulam et al. publicado na revista Fertility and Sterility (2017). Dessa forma, é uma condição que merece atenção devido ao seu impacto significativo na qualidade de vida e na fertilidade das mulheres.
Fisiopatologia da menopausa precoce
A IOP ocorre por depleção dos oócitos e consequente deficiência estrogênica, o que leva a atrofia endometrial e ausência de menstruações. Esse processo pode decorrer a partir de uma depleção acelerada de folículos bem como de uma diminuição na produção de esteroides sem que haja a perda de oócitos.
Portanto, suas causas podem ser genéticas, adquiridas, de origem autoimune, iatrogênica, resistência ovariana ou ainda idiopática que é a mais comum.
Manifestações clínicas da menopausa precoce
A maioria das mulheres antes de apresentarem a IOP, tiveram puberdade fisiológica e as manifestações clínicas da falência ovariana precoce podem variar, mas geralmente incluem:
- Irregularidades menstruais: oligo ou amenorreia, de maior relevância se ocorreu irregularidade ao longo de 3 meses consecutivos;
- Sintomas vasomotores: podem experimentar ondas de calor, suores noturnos e alterações de humor semelhantes aos da menopausa.
- Sintomas urogenitais: sintomas de vaginite atrófica como secura vaginal, dispareunia e disfunção sexual podem ocorrer devido à queda nos níveis de estrogênio.
- Impacto na fertilidade: A principal preocupação é a diminuição da fertilidade, uma vez que a condição pode tornar difícil ou impossível para a mulher conceber naturalmente.
- Osteoporose e perda de massa óssea: manifestação tardia, geralmente observada no decurso da doença, cerca de 5 anos após.
Diagnóstico da menopausa precoce
O diagnóstico da Insuficiência Ovariana Prematura é determinado com base na avaliação da história clínica da paciente, bem como na confirmação de níveis elevados de gonadotrofinas no sangue.
Portanto, os critérios para o diagnóstico são:
- FSH > 25 mUI/mL em duas medições (intervalo de pelo menos 4 semanas) em mulheres < 40 anos de idade;
- Alterações no padrão menstrual, como oligo/amenorreia por pelo menos 4 meses.
Lembre-se que pelo padrão intermitente, não é obrigatória a presença de sintomas de hipoestrogenismo, como sintomas vasomotores e síndrome geniturinária menopáusica.
Na abordagem diagnóstica deve-se fazer uma anamnese e exame físico minucioso. Além disso, deve-se solicitar parâmetros laboratoriais tanto para fechar o diagnóstico, como para descartar diagnósticos diferenciais, como Prolactina, TSH, Hormônio anti-mulleriano.
Na imagem abaixo é possível visualizar o fluxograma do diagnóstico (da IOP).
Fonte: UpToDate, 2023.
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