O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) e Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES), publicou ontem (14) a Nota Técnica Conjunta Nº 135/2024. O documento determina orientações específicas para a notificação e investigação de casos suspeitos de Oropouche em gestantes, além de anomalias congênitas e óbitos fetais.
Orientações aos profissionais de saúde
A Nota Técnica Conjunta Nº 135/2024 propõe orientar profissionais da rede pública e privada, sobre a necessidade de realizar a investigação e acompanhamento dos casos suspeitos da febre Oropouche em gestantes e em situações de anomalias congênitas ou óbitos fetais. Confira as diretrizes da Nota Técnica:
- Acompanhamento pré-natal e neonatal;
- Investigação e notificação obrigatória de gestantes que apresentem sintomas compatíveis com arboviroses (febre, cefaleia, mialgia), especialmente se residirem ou tiverem viajado para áreas de circulação do Oropouche;
- Investigação de anomalias congênitas do sistema nervoso central, como microcefalia e ventriculomegalia, sem causas genéticas ou infecciosas comprovadas (como STORCH), associadas ao histórico materno de arboviroses;
- Investigação de óbitos fetais sem causas aparentes em gestantes que possam ter sido expostas ao vírus.
Dessa forma, confira a Nota Técnica Conjunta Nº 135/2024 na íntegra:
O que é a Febre Oropouche?
A Febre Oropouche, uma das arboviroses mais prevalentes na América do Sul, é uma doença causada por um arbovírusdo gênero Orthobunyavirus (OROV), da família Peribunyaviridae. O OROV foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça. capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados no Brasil e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica.
Transmissão
A transmissão do Oropouche ocorre principalmente pelo inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim). Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:
Ciclo silvestre
No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos atuam como hospedeiros. O vetor primário é o Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.
Ciclo urbano
No ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O vetor primário também é o Culicoides paraensis, porém o inseto Culex quinquefasciatus também pode transmitir o vírus.
Sintomas
Os sintomas são parecidos com o da dengue, sendo eles:
- Dor de cabeça intensa;
- Dor muscular,;
- Náusea;
- Diarreia.
Formas de prevenção
Sendo assim, confira a seguir algumas formas de prevenção:
- Evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores;
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele;
- Limpeza de terrenos e de locais de criação de animais;
- Recolhimento de folhas e frutos que caem no solo;
- Uso de telas de malha fina em portas e janelas.
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