

Para garantir bons resultados na prova de residência, que tal saber mais sobre os usos do misoprostol?
Sobre o Misoprostol
O misoprostol é um análogo da prostaglandina E1 (PGE1) e é o medicamento de referência no tratamento farmacológico de aborto induzido, amadurecimento cervical para indução de trabalho de parto e hemorragia pós parto.
No Brasil, o misosprostol possui regulamentação restrita, uso exclusivo hospitalar, com controle especial. Assim, venda e publicidade são proibidas por lei.
Quando usar misoprostol?
- Aborto legal.
- Esvaziamento uterino após morte embrionária ou fetal.
- Amadurecimento cervical antes da indução do parto.
- Manejo de hemorragia pós parto.
Quais as propriedades farmacológicas do misoprostol?
VIA ORAL | VIA SUBLINGUAL | VIA VAGINAL | VIA RETAL |
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Pico de ação em 20-30min Detectável até 4h | Absorção mais rápida Concentração mais alta que via oral = mais efeitos colaterais gastrointestinais | Pico de ação em 40-60min Absorção mais lenta = maior biodisponibilidade Maior efeito no colo e no útero | Biodisponibilidade mais baixa Nível plasmático máximo mais baixo |
Quais são os efeitos adversos?
De acordo com a última atualização da FIGO do protocolo do uso de misoprostol, as doses tóxicas não foram bem estabelecidas. Entretanto, há boa tolerância de doses cumulativas de até 2.200 mcg em 12 horas, sem que haja efeitos adversos significativos.
Dessa forma, cerca de 35% das pacientes podem apresentar efeitos gastrointestinais, sendo mais comuns após administração via oral ou sublingual. Além disso, nessa categoria, a diarreia é o efeito mais comum, sendo geralmente leve e autolimitada a um dia.
Ademais, tremores (28%) e febre (7,5%) são efeitos transitórios, que podem ocorrer após o uso de 600 mcg de misoprostol por via oral.

Existe o risco de ruptura uterina com o uso de misoprostol?
O efeito adverso mais temido do uso de misoprostol é a ruptura uterina, especialmente pacientes com cicatriz uterina prévia. Apesar de extremamente raros, existem relatos de ruptura uterina na indução de aborto no 1º trimestre. O risco de ruptura uterina com uso de misoprostol, em pacientes na indução do trabalho de parto por via vaginal após cesariana, é de 6-12%. Dessa forma, parto cesáreo prévio geralmente é uma contraindicação para o uso de misoprostol na indução do parto.

Agora que lembramos para que serve e quando usar o misoprostol, que tal ver a atualização de 2023 do protocolo da FIGO sobre seu uso?
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