A virada de ano foi marcada por um surto de virose em praias de São Paulo, como o Guarujá. Com muitos casos confirmados, a Secretaria de Saúde de São Paulo (SES-SP) detectou a presença do norovírus em fezes humanas, a partir de amostras coletadas. Confira!
Casos confirmados
O surto de virose no litoral de São Paulo alcançou a marca de 7.500 casos, de acordo com um levantamento feito pela CNN. A cidade mais afetada foi o Guarujá, contabilizando mais de 2 mil atendimentos, segundo a prefeitura.
Em Santos, 1.930 atendimentos relativos a casos de virose foram registrados nas unidades de saúde do município. Já em Mongaguá, desde o dia 23 de dezembro, o município realizou 12.270 atendimentos, desses, foram 1.783 atendimentos por virose, cerca de 15% do total.
Identificação do vírus
No dia 03 de janeiro, a Prefeitura do Guarujá comunicou que havia acionado a Sabesp para verificar possíveis vazamentos e ligações clandestinas de esgoto na região da Enseada que poderiam estar relacionados ao aumento de casos de virose na cidade.
A confirmação da presença do vírus ocorreu por meio do Instituto Adolfo Lutz, e foi divulgada por meio da Secretaria, que afirma que serão realizadas mais investigações para identificar a origem deste surto.
O que é o Norovírus
O norovírus é um vírus com uma alta capacidade infecciosa, responsável por causar gastroenterites. Seus sintomas são:
- Náusea;
- Vômito;
- Diarreia;
- Dor abdominal;
- Dor muscular;
- Febre.
Transmissão
O vírus é transmitido por via fecal-oral por meio de água ou alimentos contaminados ou contato com pessoas infectadas. Ademais, outros fatores podem beneficiar a sua propagação , como o acúmulo de pessoas em ambientes fechados ou praias em períodos de altas temperaturas.
Tratamento
De acordo com especialistas, a recomendação é, principalmente, manter repouso e a ingestão de líquidos para aliviar os sintomas e evitar a desidratação. Também pode ser necessário o uso de analgésicos ou antitérmicos para reduzir dores e febre. Em casos graves, é necessário realizar a internação para o paciente receber soro e medicação na veia.
Formas de prevenção
De acordo com a diretora da Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar da SES-SP, não é recomendado tomar banho de mar nas 24 horas após períodos de chuva. Ela também destaca algumas outros formas de prevenção que incluem cuidados básicos de higiene, sendo elas:
- Lavar as mãos com água e sabão ou solução antisséptica;
- Beber água tratada acondicionada em embalagens lacradas ou de fonte segura;
- Evitar adicionar gelo de procedência desconhecida às bebidas;
- Avaliar se os alimentos foram bem cozidos, fritos ou assados;
- Não se banhar ou frequentar a areia em praias consideradas impróprias para banho;
- Não se banhar ou frequentar a areia de regiões próximas a saídas de rios e córregos;
- Não consumir água do mar, com redobrada atenção com as crianças e idosos, os quais são mais sensíveis e menos imunes do que os adultos.
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