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Osteoporose: saiba mais sobre!

Osteoporose: saiba mais sobre!

osteoporose

O que é osteoporose?

A osteoporose é uma doença óssea metabólica que diminui paulatinamente a densidade mineral óssea, levando à deterioração da qualidade dos ossos.

Essa condição leva a ocorrência de fraturas ósseas patológicas, que progressivamente causam redução da qualidade de vida dos pacientes acometidos.

Epidemiologia da osteoporose

A prevalência da osteoporose está em aumento em todo o mundo, devido ao envelhecimento populacional. Essa doença tem maior incidência em mulheres após a menopausa do que em homens.

Nos Estados Unidos, cerca de 40% das mulheres brancas e 13% dos homens brancos com 50 anos de idade apresentarão ao longo de suas vidas alguma fratura por fragilidade.

Os principais fatores de risco para a doença são idade avançada, deficiência de estrogênio, tabagismo, baixo peso, baixa ingestão de cálcio ao longo da vida, pouca atividade física e uso de glicocorticoides.

Fisiopatologia da doença

As fraturas ocorrem por redução da resistência óssea, que está intimamente relacionada à quantidade e à qualidade do osso. A quantidade óssea pode ser medida pela densidade mineral óssea, já a qualidade depende de diversos fatores como forma, tamanho, microarquitetura, qualidade da matriz, etc.

A massa óssea depende do pico de formação e da perda após esse pico. Existem diversos fatores que influenciam a quantidade de massa óssea que será formada, como genética, dieta e atividade física.

Nas mulheres, a massa óssea começa a ser perdida na perimenopausa, com aceleração após a menopausa, devido à deficiência de estrogênio, por produção de citocinas que estimulam a reabsorção óssea. Nos homens, esse declínio se inicia na 6ª década de vida.

Também a qualidade óssea pode reduzir ao longo do tempo, devido a danos por fadiga que não são compensados por uma adequada remodelação óssea.

A osteoporose também pode ser classificada como primária ou secundária, sendo que naquela não sabemos as causas que levam à queda acentuada da massa óssea e nesta existe uma doença ou situação que explica essa condição, como neoplasias e doenças que causam má-absorção.

Quadro clínico da osteoporose

A queda da massa óssea é assintomática, sendo assim a osteoporose é uma doença silenciosa, cujas manifestações surgem apenas quando ocorrem complicações, no caso, as fraturas, principalmente nas vértebras, ossos do antebraço, fêmur e úmero.

A fratura de vértebras é a manifestação clínica mais comum e em cerca de dois terços é assintomática, porém podem causar deformidades e redução de estatura. Já as fraturas de quadril e fêmur são sintomáticas e causam grande morbimortalidade nos pacientes, podendo levar à imobilidade e à morte por complicações decorrentes da fratura.

Diagnóstico da doença

O padrão-ouro para diagnóstico da osteoporose é a densitometria óssea. Com esse exame, é possível calcular o Z-score e o T-score. O primeiro corresponde ao número de desvios padrões pelos quais a densidade óssea se diferencia daquela de uma pessoa do mesmo sexo e idade. Já o segundo, corresponde ao número de desvios padrões pelo qual a densidade mineral óssea do paciente se diferencia de um pico de massa óssea de uma pessoa jovem e saudável do mesmo sexo ou etnia.

Utiliza-se o Z-score para crianças, mulheres antes da menopausa e homens com menos de 50 anos e o T-score para todos os demais grupos populacionais.

A osteoporose é definida como um T-score inferior a -2,5. Em pacientes com Z – score abaixo ou igual a – 2,0, sempre devemos investigar outras causas para a perda de massa óssea.

Recomenda-se a realização de densitometria óssea de rastreio em todas as mulheres acima de 65 anos, em mulheres pós-menopausa baixo dos 65 anos que tenham risco aumentado para desenvolvimento da doença e para todos os pacientes que tenham fraturas de fragilidade.

Tratamento da osteoporose

Como medidas não farmacológicas, as mudanças de estilo de vida são fundamentais, como dieta – com ingestão adequada de calorias, cálcio e vitamina D – cessação de tabagismo e alcoolismo, realizar atividades físicas regularmente e prevenção de quedas.

Quanto ao tratamento farmacológico, a primeira linha de tratamento é a classe dos bisfosfonatos – como o alendronato, risedronato e ácido zoledrônico – que reduzem a atividade dos osteoclastos.

Outras drogas utilizadas no tratamento da doença são o raloxifeno – modulador seletivo dos receptores estrogênicos -, a terapia de reposição hormonal, a teriparatida, que estimula a ação dos osteoblastos e o denosumabe, anticorpo monoclonal contra RANKL, que reduz a reabsorção óssea pelos osteoclastos.

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