Durante o exame físico do sistema respiratório, devemos realizar a avaliação dinâmica, que envolve a análise da frequência respiratória. Dessa forma, podemos identificar padrões respiratórios patológicos. É sobre isso que iremos debater no post de hoje.
Relembrando conceitos importantes
Primeiramente, vamos relembrar alguns conceitos importantes dos padrões respiratórios
Eupneia | frequência respiratória padrão, sem alterações. |
Bradipneia | redução da frequência respiratória. |
Taquipneia | aumento da frequência respiratória. |
Apneia | parada dos movimentos respiratórios. |
Hiperpneia | aumento do volume corrente a cada movimento respiratório, causando aumento do volume minuto. |
Abaixo temos os valores de referência da frequência respiratória adequada de acordo com a idade do paciente:
Recém-nascido | 40-45irpm |
Lactentes | 25-35irpm |
Pré-escolares | 20-35irpm |
Escolares | 18-35irpm |
Adultos | 16-20irpm |
Padrões respiratórios patológicos
Platipneia: é caracterizada por dispneia em ortostatismo, ou seja, quando o paciente está em pé. O paciente refere melhora do padrão respiratório em decúbito. Esse padrão é comum em má formações arteriovenosas.
Ortopneia: ocorre quando o paciente apresenta dispneia em decúbito dorsal, que alivia em ortostatismo, ou seja, quando o paciente fica em pé. Esse padrão é característico de insuficiência cardíaca.
Trepopneia: representa a dispneia em decúbito lateral. Geralmente, o paciente apresenta dificuldades para respirar em decúbito do lado sadio. Apresentando melhora ao deitar-se em decúbito para o lado acometido, pois esse lado já não expande bem, deixando o outro lado com expansão adequada e melhorando o padrão respiratório.
Respiração de Cheyne-Stokes: é caracterizada por hiperpneia, que pode variar, alternando com períodos de apneia. Esse padrão respiratório é comum em pacientes portadores de cardiopatias crônicas e lesões neurológicas.
Respiração de Kussmaul: é característica de pacientes em cetoacidose diabética e pode ser identificada através de inspirações amplas, interrompidas por períodos de apneia. Geralmente, as expirações são profundas e ruidosas.
Respiração de Biot: respiração atáxica, irregular e com nítidas variações de amplitude. Ela também intercala com períodos de apneia e é comum em pacientes com doenças neurológicas mais graves.
Por fim, logo abaixo temos as representações gráficas que nos ajudam a entender os padrões respiratórios patológicos:
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