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terça-feira, 02 julho
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Padrões respiratórios patológicos: como diferenciar?

Durante o exame físico do sistema respiratório, devemos realizar a avaliação dinâmica, que envolve a análise da frequência respiratória. Dessa forma, podemos identificar padrões respiratórios patológicos. É sobre isso que iremos debater no post de hoje.

Relembrando conceitos importantes

Primeiramente, vamos relembrar alguns conceitos importantes dos padrões respiratórios

Eupneiafrequência respiratória padrão, sem alterações.
Bradipneiaredução da frequência respiratória.
Taquipneiaaumento da frequência respiratória.
Apneiaparada dos movimentos respiratórios.
Hiperpneiaaumento do volume corrente a cada movimento respiratório, causando aumento do volume minuto.

Abaixo temos os valores de referência da frequência respiratória adequada de acordo com a idade do paciente:

Recém-nascido40-45irpm
Lactentes25-35irpm
Pré-escolares20-35irpm
Escolares18-35irpm
Adultos16-20irpm

Padrões respiratórios patológicos

Platipneia: é caracterizada por dispneia em ortostatismo, ou seja, quando o paciente está em pé. O paciente refere melhora do padrão respiratório em decúbito. Esse padrão é comum em má formações arteriovenosas.

Ortopneia: ocorre quando o paciente apresenta dispneia em decúbito dorsal, que alivia em ortostatismo, ou seja, quando o paciente fica em pé. Esse padrão é característico de insuficiência cardíaca.

Trepopneia: representa a dispneia em decúbito lateral. Geralmente, o paciente apresenta dificuldades para respirar em decúbito do lado sadio. Apresentando melhora ao deitar-se em decúbito para o lado acometido, pois esse lado já não expande bem, deixando o outro lado com expansão adequada e melhorando o padrão respiratório.

Respiração de Cheyne-Stokes: é caracterizada por hiperpneia, que pode variar, alternando com períodos de apneia. Esse padrão respiratório é comum em pacientes portadores de cardiopatias crônicas e lesões neurológicas.

Respiração de Kussmaul: é característica de pacientes em cetoacidose diabética e pode ser identificada através de inspirações amplas, interrompidas por períodos de apneia. Geralmente, as expirações são profundas e ruidosas.

Respiração de Biot: respiração atáxica, irregular e com nítidas variações de amplitude. Ela também intercala com períodos de apneia e é comum em pacientes com doenças neurológicas mais graves.

Por fim, logo abaixo temos as representações gráficas que nos ajudam a entender os padrões respiratórios patológicos:

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