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Pediatria: Quando Procurar o Pronto-Socorro?

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Quais são os sinais de Alerta em Pediatria e quando procurar o Pronto-Socorro? Saiba mais sobre no texto feito pela Dra. Amira Saleh.

Leia abaixo

Sinais de Alerta em Pediatria:                           

Quando Procurar o Pronto-Socorro?

Se você é médico, pediatra, profissional de saúde ou pai/mãe você percebeu que as crianças estão todas doentes nesta época do ano, fazendo com que a demanda por atendimento aumente (e muito!), com pronto-socorros lotados e esperas longuíssimas.

 

Sabemos que a maior parte das afecções pediátricas têm caráter auto-limitado e evolução benigna, necessitando apenas de medidas de suporte (como lavagem nasal, inalação, alimentação adequada, hidratação e repouso). Mas, e quando a doença não é tão benigna assim? E quando surge alguma complicação? Quando devemos procurar o Pronto-Socorro?

 

É importante que os profissionais de saúde saibam orientar os sinais de alarme nas crianças e que as famílias estejam bem orientadas a detectar essas alterações e a procurar atendimento quando presentes.

 

Vamos lá então!

Quando procurar o Pronto-Socorro Pediátrico  ou atendimento médico? 

  • Febre em recém-nascido ou menores de 3 meses de vida: estes bebês precisam ser avaliados mesmo que com 1 pico febril (Temperatura axilar acima de 37,8°C)
  • Febre (temperatura axilar maior que 37,8°C) há pelo menos 72 horas ou febre há menos de 72 horas com algumas das alterações abaixo
  • Queda do estado geral (indisposição mesmo quando afebril): enquanto a criança está com febre, espera-se que ela fique indisposta, mais chorosa, não queira brincar/interagir, não tenha apetite. Mas quando a febre passa, a criança deve voltar à sua disposição “quase normal”. 

 

Se isso não acontece, ela se mantém prostrada, hipoativa, aqui está um grande sinal de alarme para a avaliação da criança (lembra do fluxograma de Febre sem sinais localizatórios? o comprometimento do estado geral já indica investigação laboratorial e antibioticoterapia empírica!)

  • Desconforto respiratório: Vamos relembrar os sinais de dificuldade para respirar – chiado/sibilo, outros sons respiratórios (como estridor), respiração rápida (taquipneia), retração subcostal (afunda a barriga durante a inspiração), retração intercostal (afunda entre as costelas durante a inspiração), retração de fúrcula (afunda logo abaixo do pescoço, entre as clavículas), cianose (lábios arroxeados)

Desconforto respiratório

Confira os vídeos abaixo retratando bebês com desconforto respiratório:

Dessa forma, é importante lembrar que principalmente bebês menores de 1 ano de vida, se estiverem com obstrução nasal (nariz entupido), podem manifestar desconforto respiratório. Então, sempre lave lave lave o nariz com soro fisiológico na seringa, e depois reavalie esses sinais.

  • Desidratação: diminuição da diurese (pouco xixi), boca e olhos secos, recusa em aceitar as mamadas ou outros líquidos por boca;
  • Lesões de pele: podem ser nada, mas também podem representar doenças graves. Devemos nos preocupar com lesões arroxeadas (lembrem da meningococcemia) e avermelhadas;
  • Convulsão, perda de consciência, sonolência excessiva: mesmo se pensarmos em convulsão febril, a criança precisa ser avaliada;
  • Diarreia/Vômitos: Mais que 4 episódios em um dia, ou vômitos/diarreia com sangue;
  • Cortes, queimaduras, sangramentos, fraturas, quedas com trauma na região da cabeça;
  • Alteração de comportamento, ou choro intenso e inconsolável;
  • Ingestão ou aspiração acidental de substâncias/medicamento.

 

E ai, deu pra assimilar tudo sobre o Sinais de Alerta em Pediatria? Então lembre-se  que se surgir dúvida ou alguma manifestação muito fora do comportamento habitual daquela criança, melhor levar para avaliação.

Portanto, lembrem também que as idas ao Pronto-Socorro além de consumirem um tempo prolongado, sempre trazem o risco de contaminação com algum vírus na sala de espera e o risco de tratamentos e condutas mais agressivas que poderiam ser evitadas com a garantia de um seguimento pediátrico de rotina

Saiba mais sobre a Pediatria no nosso podcast Papo de Residente:

https://youtu.be/ezM4c41kprw

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