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sábado, 07 setembro
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Processo Saúde-Doença

Saiba sobre todo o processo de Saúde-Doença, Níveis de Prevenção e Promoção de Saúde

Texto escrito por Kiara Adelino Pinto – Medicina Uece Facisc

Processo Saúde-Doença

Primeiramente, é importante analisar os atuais conceitos de Saúde e de Doença aceitos pela OMS e possíveis de serem cobrados em provas.

Saúde pode ser conceituado como o mais completo estado de bem-estar físico e mental, não apenas a ausência de doenças. O conceito ampliado leva em conta os condicionantes e determinantes sociais e biológicos, como a alimentação, a oreia, o saneamento, o meio ambiente, o trabalho, renda, lazer e fatores hereditários.

Agora, a Doença pode ser conceituada como o conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo, alterando seu estado normal de saúde e, por isso, impossibilita que ele possa executar suas atividades particulares e sociais com eficiência.

Com isso, podemos explorar o processo Saúde-Doença de maneira ampla. A concepção ontológica desse processo atribui a enfermidade um estatuto de causa única e entidade sempre externa ao ser humano. O que, de acordo com CANGUILHEM (1978), se faz presente nas interpretações das doenças carenciais, infecciosas e parasitárias.

Outrossim, a concepção dinâmica considera a doença como produto do desequilíbrio ou desarmonia entre os princípios ou forças básicas da vida. Nessa última visão, o ser humano deixa de ser um ser passivo e pode ativamente buscar diferentes procedimentos para restaurar suas forças. Portanto, a saúde seria o resultado do equilíbrio encontrado em um modo de vida ideal, o que inclui nutrição, excreção, exercício e repouso adequados.

A busca das causa das doenças teve importantes transformações históricas, que podem ser esquematizadas em 4 fases:

Fase da magia

Historicamente mais antiga, essa fase atribui a questões mágicas e religiosas a causa das enfermidades, uma vez que um ser superior seria responsável pela condição enferma.

Fase dos Miasmas

Vigente desde a antiguidade até o final do século XIX, a teoria miasmática predizia que  as epidemias começaram com miasmas advindos de matéria orgânica pútrida ou pela decomposição de restos vegetais e animais. Em geral, ela defende que as más condições do ambiente determinavam o desenvolvimento das doenças.

Fase Microbiana

Com a descoberta do microscópio e a possibilidade de observação dos seres infectantes, a Teoria Miasmática perdeu mérito e os pesquisadores atribuíram aos pequenos seres as causas de enfermidades.

É válido salientar que essas 3 primeiras fases têm uma abordagem unicausal, que relaciona o agravo à saúde a um único agente etiológico e, assim, as interações se direcionaram para um único fator determinante da doença.

Fase da Causalidade Múltipla

Nessa fase, mais atual e complexa, leva em conta a multiplicidade de fatores que podem afetar, negativa ou positivamente, a saúde do Ser Humano.

Por meio desta, é estudada a História Natural da Doença como um sistema articulado entre fatores biológicos e genéticos, sociais, educacionais, culturais, econômicos, emocionais, políticos e ambientais. Nessa perspectiva, a saúde e a doença estão interligadas num processo dinâmico, interdependente que, quando desequilibrado, leva o indivíduo a um estado não favorável de satisfação orgânica, que então chamaremos de doença.

Ainda, segundo essa concepção, o adoecer deixa de ser resultado de apenas um fator, passando a ser entendido como um processo em que inúmeros fatores estão envolvidos.

Níveis de Promoção e Prevenção à Saúde

No estudo do atendimento ao paciente, é importante analisar os níveis de promoção e prevenção à saúde, por isso, é importante conceituar cada um desses. Os níveis de prevenção fazem parte de um método de controle de alguma doença através de intervenções em diversos estágios de sua ocorrência, sendo eles clínicos ou pré-clínicos.

Desse modo, são divididos em 5 níveis:

Prevenção Primária

Visa evitar o surgimento de doenças, lesões ou problemas de saúde. Por exemplo: por meio de imunizações, práticas constantes de exercícios físicos, alimentação balanceada, redução do consumo de álcool e tabaco e o uso de preservativos.

Prevenção Secundária

Age na detecção precoce de uma determinada doença em estágios iniciais, visando o rápido início do tratamento. Por exemplo: por meio de diagnósticos precoce de cânceres, de hipertensão arterial sistêmica, de Diabetes Mellitus e o Teste do Pezinho.

Prevenção Terciária

É eficaz quando os indivíduos já são portadores de enfermidades e visa diminuir as perdas funcionais e outros danos, ou seja, foca em cuidados paliativos. Por exemplo: reabilitação após acidente cerebrovascular, acompanhamento aos pacientes medicamentos, evitar pés-diabéticos em pacientes com diabetes mellitus e reabilitação após acidentes físicos.

Prevenção Quaternária

É um conceito adicional que surgiu posteriormente às anteriores e que foca em identificar e prevenir medidas desnecessárias nos pacientes, evitando iatrogenias e sobretratamentos. Por exemplo: dosagem adequada de remédios, redução de exames extras e direcionamento correto a outras unidades de saúde.

Prevenção Quinquenal

Ganhou ainda mais importância após a pandemia de COVID-19, uma vez que versa sobre a melhoria na qualidade dos cuidados prestados aos pacientes por meio da saúde do próprio cuidador, já que nessa data os profissionais de saúde tiveram redução dos próprios níveis de saúde e isso afetou no cuidados dos pacientes. Por exemplo: oferecer horas de descanso, lazer e alimentação suficientes para os médicos, de modo a evitar o Burnout.

Promoção de Saúde

Contudo, a Prevenção ainda é completada pela Promoção de Saúde, que é diferente, apesar de também visar a saúde e o bem-estar do público.

A Prevenção atua de modo mais assertivo ao evitar as doenças, já a Promoção são atitudes mais amplas de alcance e manutenção da qualidade de vida. Como a prática de exercícios físicos, relações sociais saudáveis, alimentação balanceada e entre outros, semelhantemente ao nível geral de Prevenção Primária.

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