Prova de residência: entenda como funciona, o que estudar e como o MedCof pode ajudar
Que o vestibular de medicina é o mais concorrido do país todos já sabem, porém será que é apenas essa prova que vai decidir quem vai ser médico ou não? A resposta é não.
Depois de entrar na universidade, seja ela pública ou particular, os estudantes de medicina passam por mais um teste: a prova de residência médica. Mas, afinal o que é a residência e como funciona essa prova? Atente-se abaixo e descubra.
O que é residência médica?
A Residência Médica é um ensino de pós-graduação, sendo uma espécie de curso de especialização e dura de 2 a 5 anos. A partir dela, os médicos vão definir qual área da medicina querem seguir: dermatologia, psiquiatria, pediatria, cirurgia, entre outras.
O programa de residência é gerenciado pelo Ministério da Educação, o MEC, mas o seu regimento oficial é determinado pela Comissão Nacional de Residência Médica, a CNRM, originada em 1977.
A residência funciona como um “estágio” remunerado e os médicos realmente vão colocar a mão na massa, trabalhando como se eles já estivessem totalmente formados na pós-graduação. Como qualquer outro trabalho, existem exigências a serem cumpridas, tanto por parte do médico quanto do hospital responsável. São elas: carga horária máxima de 60 horas semanais, incluindo 24 horas de plantão, com descanso obrigatório de 6 horas após esse plantão e, pelo menos, um dia de folga semanal e outros trinta dias consecutivos de repouso (férias) por ano de atividade.
Assim como em um estágio, os residentes ganham uma bolsa no valor médio de R$ 4.106,09 pelas 60h trabalhadas. Esse valor foi alterado em 2022, mas como os médicos fazem parte do Regime Geral de Previdência Social, ele contribui com 11% do seu salário para o INSS.
Como é o MEC que paga o benefício aos residentes, na grande maioria das vezes, o valor costuma ser único, isto é, o mesmo para todas as instituições e especialidades. Mas é importante sempre consultar o valor da bolsa no site oficial, tanto da universidade quanto do hospital.
Além de escolher a profissão, ter em mente o que fazer na residência se torna imprescindível. É bastante importante pensar no que você mais gosta e ponderar dentro do que está aprendendo. Se permita ser livre na hora de escolher.
Como funciona a prova de residência?
Quem entra na faculdade de medicina sabe que vai ter que estudar bastante. Afinal, são no mínimo seis anos de curso: os dois primeiros pertencem ao ciclo básico, os do meio ao ciclo clínico e os dois últimos ao internato. Soma-se a isso uma rotina de aulas intensa, com carga horária integral e avaliações rígidas.
Depois de ser aprovado em todas as disciplinas, o estudante se forma e obtém o registro de médico no Conselho Regional de Medicina (CRM) de sua região e já pode começar a trabalhar como clínico geral. Entretanto, a residência médica é normalmente a preferência da maioria dos recém formados, já que dá acesso à titulação de especialista.
Não é tão estranho que a concorrência para as provas de residência médica seja tão alta. Em todos os anos se formam inúmeros médicos que vão disputar as poucas vagas nos programas de especialidades médicas reconhecidas no Brasil. A concorrência super alta ainda precisa ser conciliada com uma rotina de trabalho e algumas outras tarefas. Ou seja, se preparar da melhor forma possível para a prova de residência médica é essencial.
Como já vimos, é inegável a importância de se fazer uma residência, uma vez que ela é hoje a principal forma de se ter o título de médico especialista reconhecido, mesmo não sendo a única.
A prova para residência médica, como é de se esperar, não é nada fácil. Depois de meses de preparação, o candidato vai precisar passar por uma extensa bateria de exames teóricos e práticos, além de uma entrevista profissional, no final.
Prova teórica
Essa é a fase do teste que normalmente tem maior peso sobre a nota final. O conteúdo e a dificuldade da prova variam de acordo com cada especialidade e, também, de um programa para outro.
Prova prática
Não são todos os programas de residência médica que contam com uma prova prática. Porém, algumas das residências mais concorridas geralmente têm essa fase, que pode chegar a ser decisiva para todo o restante do processo. Isso porque o lado prático é uma das grandes deficiências de boa parte dos cursos de medicina espalhados pelo país.
Entrevista
Com certeza essa é a etapa mais subjetiva da prova, já que não vai depender do programa escolhido e nem da especialidade em que deseja entrar, mas sim dos entrevistadores e, claro, de você mesmo. É sempre bom ter em mente que as perguntas não serão apenas voltadas para os conhecimentos técnicos que você possui, pois eles já foram testados na prova teórica e na prática. Logo, aqui, o que valerá mais são as suas experiências, como você se porta em relação ao que foi dito e perguntado, suas expectativas com a área e, obviamente, a sua identificação com a residência escolhida.
Como estudar e se preparar para a prova?
Como vimos, a prova se divide em três partes. A teórica é dividida em cinco grandes áreas: cirurgia, pediatria, clínica médica, ginecologia e obstetrícia e medicina preventiva. Já a prática precisa de mais atenção e deve ser exercitada durante a graduação. Para a entrevista, a preparação é diferente, mais psicológica, além de buscar elaborar um currículo diversificado com atividades extracurriculares durante a graduação
Quais são as especialidades mais concorridas na residência médica?
As áreas mais procuradas para a residência, em 2022, são clínica médica, pediatria, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, anestesiologia, medicina do trabalho, ortopedia e traumatologia, cardiologia, oftalmologia, radiologia e diagnóstico de imagem. Em contrapartida, as residências menos procuradas são: cirurgia de mão, radioterapia e genética médica.
Essas áreas variam de acordo com a região do Brasil. A clínica médica se faz presente no pré-requisito para o maior número de subespecialidades dentro da medicina, por isso sempre sua maior procura. A maior parte das especializações de acesso direto duram cerca de 2 a 3 anos, apenas a cirurgia cardiovascular e neurocirurgia tem duração de 5 anos.
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