Saiba quando é o momento ideal para solicitar exames de triagem de diabetes em crianças e adolescentes.
Sumário
A incidência de diabetes em crianças e adolescentes tem aumentado significativamente nos últimos anos, tornando crucial a identificação precoce da condição. Entender quando solicitar exames de triagem é fundamental para intervenções precoces e melhor qualidade de vida do paciente. Neste artigo, explicamos as diretrizes atuais e os momentos ideais para solicitar os exames para os mais jovens.
A importância da triagem precoce de diabetes em crianças e adolescentes
A triagem precoce de diabetes em crianças e adolescentes não apenas permite a intervenção imediata, mas também reduz o risco de complicações graves a longo prazo. Essa abordagem proativa pode incluir mudanças no estilo de vida, monitoramento regular e, em alguns casos, intervenções medicamentosas.
ATENÇÃO: Nenhum estudo em crianças examinou se o diagnóstico precoce melhora o resultado a longo prazo do DM2. No entanto, evidências indiretas sugerem que a identificação de indivíduos com pré-diabetes pode ser valiosa porque estudos em adultos indicam que a intervenção no estilo de vida pode prevenir ou retardar o início do DM2.
Por isso, a US PREVENTIVE indica individualizar cada caso, sem necessidades de critérios definidos de triagem.
Fatores de risco de diabetes em crianças e adolescentes
Diversos fatores de risco podem indicar a necessidade de triagem em crianças e adolescentes. Histórico familiar, obesidade, presença de condições médicas associadas e pertencimento a grupos étnicos com maior predisposição são alguns pontos a considerar. Além disso, sintomas como poliúria, polidipsia e perda de peso inexplicada podem ser indicativos de diabetes.
Idade e puberdade: fatores determinantes
A idade desempenha um papel crucial na decisão de realizar a triagem, com variações nas recomendações de acordo com as organizações de saúde. A puberdade é um período sensível, pois as mudanças hormonais podem afetar os resultados dos testes. Entender essas nuances é essencial para uma abordagem de triagem eficaz.
Diretrizes atuais de organizações de saúde
As principais organizações de saúde, como a American Diabetes Association (ADA) e a International Diabetes Federation (IDF), oferecem diretrizes claras sobre a triagem de diabetes em crianças e adolescentes. Estas geralmente recomendam exames regulares para indivíduos com fatores de risco e consideram a idade e a puberdade como variáveis importantes.
Quais são as indicações?
Tanto a ADA quanto a IDF recomendam realizar exames para triagem de diabetes em crianças e adolescentes assintomáticos baseados nos seguintes critérios:
- Excesso de peso ou obesidade (índice de massa corporal [IMC] ≥ percentil 85 )
- Um ou mais dos seguintes fatores de risco adicionais:
- DM2 em parente de primeiro ou segundo grau;
- Membro de um grupo racial/étnico de alto risco: nativos americanos, afro-americanos, latinos, habitantes das ilhas asiáticas/do Pacífico, primeiras nações canadenses, indígenas australianos;
- História de diabetes materno ou diabetes gestacional durante a gestação da criança;
- Sinais de resistência à insulina ou condições associadas à resistência à insulina (por exemplo, acantose nigricans, hipertensão, dislipidemia, síndrome dos ovários policísticos ou peso e/ou comprimento ao nascer pequeno para a idade gestacional);
- Uso atual de medicamento antipsicótico atípico para aumento de peso
- Um ou mais dos seguintes fatores de risco adicionais:
Quando iniciar e o que solicitar?
As recomendações indicam iniciar a triagem de diabetes em crianças e adolescentes aos 10 aos, ou no início da puberdade (o que vier primeiro. Além disso, geralmente opta-se pela coleta da hemoglobina glicada (HbA1C) ou a glicose de jejum. Caso um dos valores venha alterado, deve-se iniciar a investigação diagnóstica para o Diabetes.
Veja abaixo o critério diagnóstico de diabetes em crianças e adolescentes segundo a ADA (UpToDate, 2023).
Com que frequência solicitar exames de diabetes em crianças e adolescentes?
Caso os valores venham normais, recomenda-se repetir a cada 3 anos, ou cm uma frequência maior se o paciente apresentar aumento de IMC.
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