Síndrome de Fournier: o que é, causas, sintomas, como tratar e evitar

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Um estetoscópio médico sobre uma mesa com papéis e uma caneta

A Síndrome de Fournier é uma infecção grave e rapidamente progressiva que afeta a região genital, perineal e perianal. Neste artigo você irá saber os sintomas, causas, transmissão, diagnóstico e tratamento da doença.

Sintomas da Síndrome de Fournier

Os primeiros sinais incluem dor intensa e inchaço na região genital ou perineal. A área afetada pode apresentar vermelhidão, calor local e presença de bolhas com secreção.

Sintomas sistêmicos como febre alta, mal-estar generalizado, taquicardia e queda de pressão arterial também são comuns. Em casos avançados, pode haver necrose visível e odor fétido.

O agravamento rápido é um sinal de alerta. A evolução pode ocorrer em poucas horas, sendo essencial buscar atendimento imediato.

Causas da Síndrome de Fournier

A infecção geralmente é causada por uma combinação de bactérias aeróbias e anaeróbias. Os principais agentes incluem Escherichia coli, Streptococcus e Bacteroides.

As origens mais comuns são infecções urinárias, anorretais e cutâneas. Pequenos ferimentos, abscessos ou procedimentos cirúrgicos na região também podem desencadear o quadro.

Como é a transmissão da Fournier?

A Síndrome de Fournier não é contagiosa. Ela não se transmite entre pessoas.

A infecção se desenvolve dentro do próprio organismo a partir da entrada de bactérias nos tecidos moles da região perineal.

Quais são os fatores de risco para a gangrena de Fournier?

Pessoas com diabetes mellitus, alcoolismo, obesidade ou doenças cardiovasculares têm maior risco. Pacientes imunossuprimidos, como transplantados ou com câncer, também são mais vulneráveis.

A falta de higiene adequada e o uso prolongado de sondas ou cateteres podem facilitar o surgimento da infecção.

Reprodução: Canva

Diagnóstico da Síndrome de Fournier

O diagnóstico é clínico e baseado na observação dos sinais locais e sistêmicos. Exames de sangue, como leucograma e PCR, ajudam a avaliar a inflamação.

Imagens como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) auxiliam na detecção da extensão da necrose.

Índice de Gravidade da Síndrome de Fournier (FGSI)

O FGSI é um escore que avalia a gravidade da síndrome com base em parâmetros como temperatura, frequência cardíaca, creatinina e sódio.

Ele é utilizado para prever a mortalidade e orientar decisões médicas. Escores mais altos indicam maior risco de complicações.

Qual é o tratamento para a Síndrome de Fournier?

O tratamento é emergencial e envolve antibióticos de amplo espectro, cirurgias de desbridamento para remoção do tecido necrosado e internação em UTI.

A atuação de equipes multidisciplinares, como urologistas, cirurgiões gerais, infectologistas e intensivistas, é essencial para o sucesso terapêutico.

Quanto tempo dura a Síndrome de Fournier?

A fase aguda pode durar dias ou semanas, dependendo da gravidade. A hospitalização costuma se estender por 2 a 6 semanas, podendo ser maior em casos complexos.

A recuperação completa leva meses, incluindo cuidados pós-operatórios e reabilitação progressiva.

Complicações potenciais da gangrena de Fournier

As complicações mais graves incluem sepse, falência de múltiplos órgãos, amputações parciais e comprometimento funcional da região genital.

Pacientes podem desenvolver distúrbios psicológicos devido à mutilação corporal, exigindo suporte emocional especializado.

Reprodução: https://www.scielo.br/j/rbcp/a/BSjXwXVnfJZ7hzbxrwzLNQm/?lang=pt
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Reconstrução e recuperação após a gangrena de Fournier

Após o controle da infecção, inicia-se a fase de reconstrução tecidual, com uso de enxertos e cirurgias plásticas.

A recuperação inclui fisioterapia, acompanhamento ambulatorial e apoio psicológico. O tempo total de reabilitação varia conforme o grau de destruição dos tecidos.

Como evitar a Síndrome de Fournier?

A prevenção envolve boa higiene íntima, controle rigoroso de doenças como diabetes, e cuidados com feridas ou cirurgias na região perineal.

Pacientes em risco devem realizar acompanhamento clínico regular e buscar ajuda médica ao menor sinal de infecção.

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