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quinta-feira, 21 novembro
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Residência em Oncologia

Do grego, ókgos, era o termo que denominava uma massa, um peso; “onco”. O câncer, desde a antiguidade, é socialmente visto como um fardo, o que torna a especialidade da Oncologia não apenas uma das mais curiosas e progressivas na atualidade, mas também uma das mais delicadas.

Nessa edição, a MedCof traz um aprofundamento sobre a residência em Oncologia, a especialidade médica que diagnostica e trata o câncer.

Texto escrito por Karen Cristina, Medicina UECE.

Aptidão à residência de Oncologia

Trata-se de uma especialidade que exige do médico uma constante atualização informacional, pois são muitos e constantes os estudos na área de tratamento de tumores que têm progredido, além da habilidade de trabalhar em equipe, visto que o processo para tratar um câncer requer integração de especialidades diversas, como Radiologia, Psico-Oncologia e Cirurgia.

É uma área que exige manejo emocional diferenciado por parte do médico, uma vez que trata, essencialmente, de situações terminais e cenários variáveis.

Processo seletivo

Sendo uma especialidade com pré-requisito, a Oncologia Clínica dispõe de 30 vagas disponíveis, sendo uma para serviço militar, de acordo com o Enare 2024. A menor concorrência é de aproximadamente 0,8 candidato por vaga na fase final do ingresso de 2024 (SUS-BA). A maior é de 25 candidatos por vaga (HIAE).

É fundamental que o futuro residente conheça bem o edital da prova que irá realizar, para se familiarizar com a metodologia da banca avaliadora e com os temas cobrados em cada prova.

Como é a residência

O ingresso na residência exige a conclusão do programa de Clínica Médica credenciado pela Comissão Nacional de Residência Médica/Ministério da Educação (CNMR/MEC), o qual dura, além dos três anos de residência em Oncologia, dois anos, diferindo das residências obtidas mediante acesso direto. Assim, no total, são, no mínimo, cinco anos após a graduação em Medicina para a formação de um médico oncologista.

De acordo com a SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica), o novo programa está alinhado com as Recomendações para um Currículo Global em Oncologia Clínica. Elaboradas conjuntamente pelas Sociedades Europeia e Americana de Oncologia (ESMO/ASCO), em 2016, e atualizadas periodicamente. Com base nessa premissa, as atividades concernentes, no geral, ao longo do R1, do R2 e do R3 são:

  • Ambulatório
  • Internação
  • PA e Intercorrências
  • Cuidados Paliativos
  • Diagnósticos
  • Radioterapia
  • Oncogenética
  • Hematologia Maligna
  • Prevenção e Suporte
  • Eletivas.

Mercado de trabalho e Rotina

Trata-se de uma especialidade essencialmente ambulatorial e baseada em consultas e visitas a pacientes internados. Além disso, é o regime de plantões mais presente no caso de setores de quimioterapia e de intercorrências.

Os médicos oncologistas dificilmente atuam em uma clínica isolada, pois possuem contato diário com uma equipe multidisciplinar. O profissional lida com pacientes de diversas idades e realidades, e precisa estar sempre preparado para prestar cuidados paliativos e a se comunicar adequadamente com a família do paciente.

O mercado de trabalho é, hoje, muito promissor. A subespecialidade reconhecida atualmente engloba somente, por enquanto, a Oncologia Pediátrica. Uma área voltada para o tratamento do câncer direcionado para as demandas fisiológicas e comportamentais de pacientes com até 21 anos. É uma subespecialidade com duração de 2 anos.

De acordo com o Regime CLT, o teto salarial chega a R$23.956,48, com uma média salarial de R$8.984,00 para 23h semanais, dependendo de diversos fatores de trabalho, como a localidade, a experiência na função e a política da empresa.

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