ANVISA torna obrigatória a retenção da receita para compra de canetas emagrecedoras

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Logo da ANVISA sobre imagem mostrando uma caneta injetora ao lado de acessórios, relacionada à retenção de receitas para medicamentos à base de semaglutida e liraglutida, como Ozempic e Saxenda.
A imagem apresenta a logomarca da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em destaque, centralizada, com seu símbolo característico em azul, amarelo e verde. No fundo, levemente desfocado, há uma mão segurando uma caneta injetora azul com detalhes brancos, cuja tampa está depositada ao lado. A embalagem do medicamento e alguns pequenos acessórios completam a composição, sugerindo um contexto de uso de medicamentos à base de semaglutida, como Ozempic, ou liraglutida, como Saxenda.

A medida visa cobrir o uso indiscriminado de medicamentos como semalutida e liraglutida, e foi tomada após solicitação do CFM.

Entenda o que aconteceu

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) oficializou uma nova medida que impacta diretamente a prescrição e vensa de medicamentos à base de semaglutida e liraglutida, como o Ozempic e o Saxenda.

A partir de agora, farmácias e drogarias estão obrigadas a reter a receita médica no ato de venda desses medicamentos. A decisão foi publicada em abril de 2025 e atende a uma solicitação do Conselho Federal de Medicina (CFM), conforme divulgado no portal oficial do órgão: Anvisa atende solicitação do CFM.

O que muda com a nova regra da ANVISA?

Com o aumento expressivo no uso das chamadas “canetas emagrecedoras”, especialmente por pessoas que não apresentam indicação clínica formal para o tratamento, a ANVISA decidiu incluir a semaglutida e a liraglutida na lista de medicamentos sujeitos à retenção de receita, como já ocorre com substâncias de controle especial.

A medida visa frear o uso indiscriminado desses fármacos, que originalmente são indicados para o tratamento de diabetes tipo 2 (no caso do Ozempic) e para pacientes com obesidade e comorbidades (no caso do Saxenda).

O papel do CFM na solicitação da medida

O CFM desempenhou papel central na mudança da regulamentação. Em nota oficial, o órgão destacou sua preocupação com a “banalização do uso de medicamentos originalmente indicados para tratamento de doenças crônicas”, especialmente por influências midiáticas e modismos estéticos.

Ao solicitar à ANVISA a inclusão da semaglutida na categoria de substâncias com prescrição retida, o CFM reforçou a necessidade de que tais medicamentos sejam utilizados exclusivamente sob orientação médica e com base em critérios técnicos, visando à segurança dos pacientes.

Por que a retenção da receita é importante?

A retenção da receita médica é um mecanismo de controle que permite maior rastreabilidade do uso de medicamentos de risco. Além disso, atua como uma barreira para a automedicação e para o uso por pessoas que não possuem indicação terapêutica, minimizando os riscos de efeitos adversos graves, como

  • Náuseas e vômitos persistentes;
  • Pancreatite
  • Hipoglicemia (quando usado por pessoas não diabéticas)
  • Complicações gastrointestinais

O que médicos e pacientes devem saber?

Com a nova normativa, médicos devem redobrar a atenção no momento da prescrição, garantindo que a receita esteja corretamente preenchida, com indicação precisa e assinada. Pacientes, por sua vez, devem estar cientes de que não será mais possível adquirir esses medicamentos apenas com a apresentação da receita: ela será retida pela farmácia no ato da compra.

Essa mudança reforça a importância da consulta médica e do acompanhamento profissional no tratamento da obesidade e diabetes. O uso consciente e responsável dessas terapias é essencial para garantir resultado eficazes e evitar complicações.

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