Um dos principais e primeiros sinais que vemos quando tratamos de Câncer de Pulmão são os Nódulos Pulmonares. Mas você tem segurança de que se esse tema caísse em uma questão na prova para residência, você acertaria? Caso não, tudo bem! O MedCof preparou um super resumo para lhe ajudar! Não perca tempo e leia!
Nódulos Pulmonares
Os nódulos pulmonares representam um desafio significativo na prática médica, especialmente devido ao seu potencial maligno. Nas questões para a prova de Cirurgia e Oncologia é cobrado uma visão abrangente sobre a condição, o que engloba o que caracteriza como nódulo, quais sua classificação e consequências para o paciente e como ele pode prejudicar o paciente. Por isso o MedCoffer deve dominar todas essas temáticas, então explicitamos algumas a seguir.
Conceito e Classificação
Dessa forma, um nódulo pulmonar é definido como uma lesão arredondada no parênquima pulmonar, medindo até 3 cm no seu maior eixo. Lesões maiores que 3 cm são classificadas como massas pulmonares. A detecção de nódulos pulmonares é frequentemente incidental, ocorrendo durante exames de imagem realizados por outras razões.
Os nódulos pulmonares podem ser classificados em três tipos principais:
- Sólidos: Lesões totalmente radiopacas que impedem a visualização das demais estruturas na janela do pulmão. Apresentam um elevado risco de se tornarem câncer de pulmão.
- Sub-sólidos: Lesões que possuem algum componente em vidro fosco, permitindo a visualização dos vasos e brônquios. São característicos de lesões não invasivas, no estágio inicial da doença.
- Semi-sólidos: Mistura de componentes sólidos e sub-sólidos. O adenocarcinoma, por exemplo, inicia-se como uma lesão em vidro fosco que adquire componente sólido com o avanço da doença.
Avaliação do Risco de Malignidade
A avaliação do risco de malignidade de um nódulo pulmonar envolve a análise de várias características, tanto do nódulo quanto do paciente.
Características do Nódulo
- Tamanho: Quanto maior o nódulo, maior o risco de malignidade. Por exemplo:
- < 4 mm: 0% de risco (geralmente indeterminado)
- 4-7 mm: 1% de risco
- 8-20 mm: 15% de risco
- > 20 mm: 75% de risco
- Padrão de Calcificação: A presença de calcificação geralmente sugere benignidade, especialmente se o padrão for difuso, central, laminar ou pipoca. Qualquer outro padrão de calcificação eleva a suspeita de malignidade.
- Componente de Vidro Fosco: Nódulos com algum componente em vidro fosco têm uma maior possibilidade de malignidade:
- Totalmente sólidos: 7% de risco
- Vidro fosco puro: 18% de risco
- Parte sólida: 63% de risco
- Borda: Nódulos com bordas espiculadas (coroa radiada) ou retração pleural são mais suspeitos de malignidade.
Características do Paciente
- História de Tabagismo: Fumantes ativos ou passivos têm um risco aumentado.
- Idade: Pacientes com mais de 55-60 anos estão em maior risco.
- Sexo Feminino: Mulheres, mesmo não tabagistas, apresentam um risco aumentado.
- História Familiar: Síndromes genéticas e história familiar de câncer de pulmão são fatores de risco.
- Etnia Asiática: Principalmente mulheres asiáticas têm um risco maior.
- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): Pacientes com DPOC têm um risco aumentado.
Conduta Frente ao Achado de Nódulo Pulmonar
Nódulos Sólidos
- < 6 mm:
- Alto risco (idoso, tabagista): Repetir TC em 1 ano.
- Baixo risco: Alta do acompanhamento.
- 6-8 mm: Repetir TC em 6 meses.
- > 8 mm:
- Biópsia.
- Se baixo risco, pode repetir a TC em 3 meses.
Nódulos Sub-sólidos
- < 6 mm:
- Alta, se lesão única.
- Se múltiplas lesões, repetir TC em 6 meses.
- 6 mm ou mais: Repetir TC em 6 meses. Se o nódulo cresceu ou se solidificou, realizar biópsia.
Métodos de Biópsia
Existem três métodos principais de biópsia, baseados no tamanho e localização do nódulo:
- Broncoscopia: Para nódulos próximos aos brônquios de grande calibre, lesões endobrônquicas e lesões centrais. Tem uma sensibilidade de 80%.
- Percutânea (Biópsia Transtorácica): Para lesões periféricas, podendo ser guiada por imagem. Tem uma sensibilidade de 95%, mas a principal complicação é o pneumotórax.
- Cirúrgica: Sempre a última opção, realizada por videotoracoscopia (VATS) quando necessária.
Mas agora, o que eu faço?
O manejo dos nódulos pulmonares requer uma abordagem cuidadosa e sistemática, considerando tanto as características do nódulo quanto os fatores de risco do paciente. Por isso, para treinar se você realmente entendeu tudo, confira na nossa plataforma QBank diversas questões de diversas instituições sobre o assunto! Se ainda ficou alguma dúvida, não se preocupe, nossa plataforma conta, também, com aulas de especialistas qualificados para você ver quantas vezes precisar. Se você ainda não é, não perca tempo e torne-se um MedCoffer para aproveitar tudo isso também!