Nós sabemos que vocês com certeza já sabem o que é uma hiperplasia, mas vamos relembrar alguns conceitos chaves: a definição de hiperplasia é uma proliferação excessiva das glândulas endometriais, podendo ser classificada como: Difusa ou Focal, Simples ou Complexa e Sem ou Com atipias que podem coexistir). Essa proliferação aumenta o risco de progressão para adenocarcinoma (maior na com atipia complexo) e para câncer endometrial.
As hiperplasias sem atipias podem ser denominadas de hiperplasia endometrial benigna, já as com atipias podem ser neoplasias intraepiteliais endometrial (NIE)
Vamos analisar em pouco de cada uma:
HEB | NIE | |
Mudanças Genéticas | poucas mutações somáticas em glândulas dispersas com morfologia na coloração HE | muitas alterações genéticas típicas do CE endometrial (como microssatélite e inativação de PAX2) |
Coexistência com carcinoma invasor | menos de 1% ao ano | de 25 a 33% ao ano |
progressão para carcinoma invasor | RR de 1,01 a 1,03 | RR de 14 a 45 |
Visto esse quadro, entendemos a seriedade dessa condição para a saúde feminina. Por isso devemos reconhecer os fatores de risco associados!
Fatores de Risco
Estrogênio sem oposição de progesterona.
Fatores de anovulação
Endógenos = obesidade, DM, síndrome metabólica, síndrome dos ovários policísticos…
Exógenos = terapia hormonal (TH) e uso de tamoxifeno
Fatores Diversos
Como nuliparidade, infertilidade, menarca precoce, menopausa tardia, história familiar, predisposição genética.
Mas como diagnosticar?
O quadro clĩnico dessa condição envolve o sangramento uterino anormal. Para fins de avaliação, é preciso fazer ultrassom transvaginal para medir a espessura e irregularidade endometrial. Os valores de eco dependem da condição da mulher:
Condição | Medição Normal |
pós-menopausa | menor que 4-5 mm |
pós menopausa com TH sem sangramento | menor que 9 mm |
Menacme | sem limite* |
Mas e depois de confirmado o diagnóstico?
Com a confirmação positiva do diagnóstico, precisamos iniciar o tratamento, que varia com o tipo de hiperplasia.
Hiperplasia sem atipias | Hiperplasia com atipias |
Normalmente regride sozinha | Não regride sozinha normalmente |
Devemos remover os fatores de risco | Devemos administrar progestagênios (SIU-LNG ou oral contínuo) se há desejo de preservação da fertilidade ou não tiver condições para cirurgia |
Devemos fazer USG transvaginal e biópsias de endométrio a cada 6 meses | Após isso, nova biópsia histeroscópica deve ser feita em 3 meses |
Faremos uso de progestágenos (aumenta chance de regressão) | Se persistir, deve ser feita a histerectomia |
É feita a histerectomiaem casos de pós-menopausa e progressão para NIE |
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