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Saiba o que significa a sigla BRUE na Pediatria 

Brue é a nomenclatura proposta pela Academia Americana de Pediatria (AAP) em 2016 que significa Brief Resolved Unexplained Events. Essa sigla substituiu o termo ALTE (Apparent Life-Threatening Event), que é a impressão de quem presenciou o evento, sem definição clara de idade. Dentro do contexto do BRUE, os bebês, em seu primeiro ano de vida, procuram atendimento médico após experimentar eventos inexplicados e efêmeros (menos que 30 segundos), os quais,frequentemente, não são presenciados por profissionais de saúde treinados, brevemente resolvidos, que podem envolver alterações de coloração de pele, padrão respiratório, o tônus muscular e/ou de responsividade.  

Em resumo, BRUE significa o diagnóstico sindrômico realizado por um médico que não consegue caracterizar o evento de outra forma após anamnese e exame físico detalhados.

Fonte: Pinterest

Classificações 

Baixo Risco

Esse diagnóstico impreciso pode ser amenizado por alguns detalhes, como os listados a seguir: 

  • Crianças com mais de 60 dias de nascido; 
  • Primeiro episódio do caso/sem recorrência; 
  • História e exames físicos sem achados de patologia; 
  • duração menor que 1 minuto; 
  • Idade gestacional maior que 32 semanas ou idade corrigida menor que 45 semanas. 

Alto risco

O paciente apresenta pelo menos 1 das características abaixo: 

  • Dificuldade na alimentação; 
  • Sintomas respiratorios de VAS recentes; 
  • Idade menor que 2 meses;
  • Histórico/episódios prévios;
  • Prematurismo/pos-datismo;  
  • Baixo peso ao nascer;
  • Tabagismo materno.

Manejo dos pequenos pacientes

Nos pacientes de baixo risco, devemos educar os cuidadores, oferecer treinamento RCP, orientar retorno depois de 1 dia para reavaliação e, dependendo dos casos específicos, realizar eletrocardiograma de 12 derivações e observações em ala hospitalar. A AAP (Academia Americana de Pediatria) não indica exames complementares em casos de baixo risco. 

Nos pacientes de alto risco devemos iniciar pela investigação de 1º linha, para excluir os problemas mais incomuns que levam a desfechos mais graves e tentar encontrar algum diagnóstico que explique o evento. A primeira linha, feita não obrigatoriamente em ala hospitalar, pode ser feita por oximetria de pulso, eletrocardiograma, hemograma, análise da glicemia e observação durante a alimentação. Se for achado um diagnóstico, não temos uma BRUE, mas, se continuar incerto, partimos para segunda linha de investigação.  Nessa, a internação hospitalar é bastante indicada e são procurados eventos recorrentes de acordo com as preocupações clínicas, por meio de oximetria de pulso e avaliação fonoaudiológica.

Fonte: Blog ImedSaude

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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