Tireoide
Sabemos que a tireoide é uma glândula em formato de borboleta, localizada na área do pescoço e responsável pela produção de diversos hormônios que nivelam o funcionamento correto do corpo. Por isso, quando esse órgão é acometido, todo o organismo pode sofrer. Os principais distúrbios relativos a essa parte do corpo são o nódulo tireoidiano e o bócio. Vamos explorar um pouco delas:
Nódulo Tireoidiano
Um fato importante sobre esse distúrbio é que cerca de 20 a 76% da população o apresenta, pois é bastante comum, principalmente em mulheres na meia-idade.
A maioria dos nódulos é benigna, a que o carcinoma só se desenvolve em 5-15% dos casos. Essa é uma das razões para evitar a busca ativa de câncer quando diagnosticado o nódulo (os malefícios dos exames superam os benefícios).
Fatores que contribuem para formação | Identificação |
Idade | Idosos |
Sexo | Feminino |
Radiação | Exposição Prévia |
Outros | Histórico Familiar |
Mas o que fazer quando diagnosticado?
Depois que avaliamos o status funcional do nódulo (por meio da dosagem de TSH) devemos seguir conforme os resultados:
TSH baixo – hipotireoidismo ➡ nesse caso,devemos solicitar Cintilografia para diferenciar a etiologia (nodular tóxica, difusa ou nódulo frio)
TSH normal ou alto – eutireoidismo/hipotireoidismo ➡ Nesse, devemos solicitar USG de tireoide e avaliar a necessidade de PAAF.
Bócio
O Bócio é uma alteração morfológica por aumento ou formação de nódulos de natureza benigna e não infecciosa (por isso, diferente de tireoidite). Ele pode ser classificado de forma epidemiológica, morfológica e fisiológica.
Classificação | Tipos |
Epidemiológica | Endêmica – Deficiência de Iodo em certas localidadesEsporádico – Não associado ao Iodo |
Morfológica | Difuso – Aumento difuso da glândula Nodular – Aumento em nódulos (uni ou multi) |
Fisiológica | Atóxico – Não secreta hormônios Tóxico – Associado a secreção de hormônios |
Os pacientes acometidos podem apresentar abaulamento cervical anterior, o que causa outros sintomas compressivos (como dispneia, disfagia e disfonia). O exame de imagem é o método mais comum de diagnóstico e a dosagem de TSH pode nos orientar quanto à toxicidade do bócio. Além disso, os exames diferenciais laboratoriais para tireoidite e outras disfunções são a dosagem de T4 livre, de cálcio e PTH. Já os exames de imagem que podem ser citados são o USG, TC ou RM (em bócios volumosos e mergulhantes) e cintilografia (quando há hipertireoidismo).
Fig. 7 – Cintilografia da tireóide. 1 – Captação fisiológica do iodo pela glândula tireóide; 2 – Bócio difuso Tóxico (Doença de Graves) com capitação intensa e difusa de iodo; 3 – Bócio uninodular tóxico (Plummer) com captação intensa de iodo apenas em nódulo a esquerda (imagem em preto); 4 – Nódulo hipocaptante de iodo (“frio”) – mais sugestivo de malignidade, proceder com USG e PAAF. Fonte: Sha’s Head and Neck Surgery, 5ª ed. | Terris DJ, Duke WS. Thyroid and parathyroid diseases – mnedical and surgical management, 2ª ed. | Case courtesy of Ammar Ashraf, Radiopaedia.org, rID: 86352.www.radiopaedia.org
O que é o bócio mergulhante?
Esse tipo de bócio apresenta um componente intratorácico obrigatório. Para ele, devemos sempre solicitar TC de pescoço e Tórax para orientação cirúrgica, na qual o acesso cervical é preferencial.
Tratamento possíveis
Os tratamentos definitivos são a radioterapia (essa possui contraindicações, como alergia a Iodo e TRAb com títulos muito elevados) e a cirurgia (tireoidectomia). Quando diagnosticamos bócio tóxico, o intuito primário é fazer o controle sintomático por beta-bloqueador e drogas antitireoidianas (DAT).
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