A nova diretriz americana sobre Síndrome Coronariana Aguda traz atualizações importantes de manejo, incluindo um novo diagnóstico. Ficou curioso? Então leia nosso post a seguir!
Terapia Antiplaquetária Dupla (DAPT) na Cardiologia
A Terapia Antiplaquetária Dupla (DAPT) continua a ser uma prática padrão no tratamento de pacientes submetidos a angioplastia. Recomenda-se a combinação de aspirina (AAS) com ticagrelor ou prasugrel por um período mínimo de 12 meses.
Esta abordagem tem como objetivo a prevenção de novos eventos trombóticos. pacientes de risco. No entanto, estratégias para reduzir sangramentos associados têm sido muito discutidas. Pacientes com alto risco de sangramento gastrointestinal devem utilizar inibidores da bomba de prótons, sendo possível a manutenção do ticagrelor como monoterapia após um mês de angioplastia. Em pacientes sob anticoagulação crônica, pode ocorrer a suspensão da aspirina de 1 a 4 semanas após a angioplastia, mantendo o clopidogrel como antiplaquetário preferencial, além do anticoagulante.
DAPT no IAM sem Supra
A estratégia de ataque da DAPT em pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM) sem supradesnivelamento do segmento ST é um tema frequente de debate. A diretriz atual sugere a consideração do uso antecipado de clopidogrel ou ticagrelor para diminuir eventos adversos em pacientes que aguardam coronariografia por mais de 24 horas.
Avanços na Lipidoterapia
No manejo da síndrome coronariana aguda (SCA), recomenda-se amplamente o uso de estatinas de alta potência. O início conjunto de ezetimibe pode ser adequado. Em casos onde o LDL permanece elevado (≥70 mg/dL), é necessário considerar a introdução de agentes como:
- Evolocumab;
- Alirocumab;
- Inclisiran;
- Ácido bempedoico.
Para pacientes de alto risco, deve-se intensificar a terapia quando o LDL está entre 55-70 mg/dL.
Abordagens na Angioplastia
A escolha pela técnica radial nas intervenções coronarianas deve-se à menor incidência de sangramentos e problemas vasculares. Utiliza-se o emprego de imagens intracoronárias, como as fornecidas por OCT e IVUS, para guiar o tratamento de lesões complexas durante a angioplastia. Em situações de infarto do miocárdio (IAM), realizar uma revascularização completa pode ser eficaz, possibilitando que o tratamento no vaso não responsável seja feito de maneira simultânea ou por etapas. No caso de choque cardiogênico, o foco deve ser inicialmente no vaso responsável, enquanto as demais artérias devem ser tratadas em um segundo momento.
Uso de Suporte Mecânico e manejo de Hemoglobina em ACS
Considera-se o emprego de suporte mecânico, como a bomba de fluxo microaxial Impella, no manejo do choque cardiogênico. Embora possa reduzir a mortalidade, aumenta os riscos de sangramento, isquemia e insuficiência renal. Para pacientes com ACS e anemia, o nível de hemoglobina deve ser mantido acima de 10 g/dL quando seguro, evitando transfusões desnecessárias se não houver sangramento ativo.
Alta Hospitalar e Prevenção Secundária
Revisar o perfil lipídico entre 4 a 8 semanas após o tratamento inicial possui importância fundamental. Além disso, a reabilitação cardíaca é recomendada, inclusive através de programas domiciliares quando necessário. A nova diretriz enfatiza a personalização da DAPT, o uso intensivo de hipolipemiantes , a revascularização completa e uma abordagem criteriosa dos casos de choque cardiogênico. Sendo assim, a maneira tradicional de lidar com a SCA, separando IAMs com e sem supra, está sendo reavaliada por causa das novas evidências sobre como ocorre a obstrução das coronárias.
Neste momento, podemos refletir a atualização das práticas, estimulando um tratamento mais eficaz e seguro para os pacientes. Por isso, confira nosso vídeo no Instagram da Dra Julia Tormin destrinchando o assunto!
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