Veja a atualização no consenso mundial de diagnóstico da Síndrome dos Ovários Policísticos
O que é SOP?
A Síndrome dos Ovários Policísticos, comumente conhecida pela sigla SOP, é uma condição médica que afeta o sistema reprodutivo feminino. Essa síndrome é caracterizada por uma série de sintomas que podem impactar significativamente a saúde e o bem-estar dos acometidos.
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a SOP é uma condição endócrina, o que significa que envolve desequilíbrios hormonais. Ela se manifesta quando os ovários produzem uma quantidade excessiva de hormônios masculinos, conhecidos como androgênios, em comparação com os hormônios femininos, como os estrogênios e a progesterona. Esse desequilíbrio hormonal pode levar à formação de pequenos cistos nos ovários, daí o termo “policísticos”. Esses cistos não são verdadeiros cistos, mas folículos ovarianos que não amadurecem e se desenvolvem normalmente.
Sintomas da SOP
Em relação aos sintomas, a SOP pode apresentar uma ampla gama de manifestações, que variam de paciente para paciente. Entre os sintomas mais comuns estão:
- Irregularidades menstruais, como ciclos menstruais longos, ausência de menstruação (amenorreia) ou menstruações muito frequentes.
- Hiperandrogenismo, que se manifesta através de acne, excesso de pelos no rosto e corpo (hirsutismo), e queda de cabelo.
- Ganho de peso, especialmente na região abdominal.
- Resistência à insulina, que pode levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2.
- Dificuldade para engravidar devido à falta de ovulação regular.
- Alterações no humor, como depressão e ansiedade.
Além disso, a SOP também está associada a diversos fatores de risco. Estes incluem a predisposição genética, pois a síndrome tende a ocorrer em famílias; a obesidade, que pode piorar os sintomas; e uma dieta inadequada, rica em alimentos processados e açúcares.
Novo diagnóstico da SOP
De acordo com o consenso internacional, os critérios diagnósticos da Síndrome dos Ovários Policísticos desde 2018 precisam ser ao menos 2 de 3: hiperandrogenismo clínico ou laboratorial, ciclos menstruais irregulares e presença de 20 ou mais folículos ovarianos, medindo entre 2 a 9mm de diâmetro, e/ou volume ovariano maior ou igual 10 cm³.
Em 2023 isso mudou, já que agora o diagnóstico se dá, ao excluir outras causas, se o paciente apresentar hiperandrogenismo clínico ou laboratorial e ciclos irregulares. Mas caso apresente apenas um desses dois sintomas, em pacientes adultos deve-se solicitar ultrassonografia (USG) ou hormônio Anti-Mulleriano. Em adolescentes, a recomendação é apenas considerar o paciente com alto risco de SOP e prosseguir a investigação em outro momento. Isso se deve ao fato de que a USG e o uso do hormônio Anti-mulleriano não são recomendados em pessoas dessa faixa etária pela baixa especificidade.
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