Uma das principais queixas silenciadas pelas mulheres que passam pelo processo da menopausa é a Síndrome Geniturinária da Menopausa, que dentre outros sintomas abarca a vaginite atrófica.
Nesse post vamos abordar os principais pontos que você precisa saber sobre este tema.
Definição
Apesar de ser mais conhecida como Vaginite Atrófica, o termo correto é Síndrome Genitourinária da Menopausa. Ela ocorre em decorrência da alteração dos epitélios vaginal e uretral pela deficiência de estrogênio de forma fisiológica, devido a menopausa.
Estima-se que o quadro afete entre 36% a quase 90% das mulheres. Em mulheres na pré-menopausa (entre 40 e 45%), sua prevalência é de 19%.
Manifestações Clínicas
O quadro clínico é composto por:
- Prurido, ardência/irritação vulvar;
- Dispareunia de penetração;
- Conteúdo vaginal amarelo-esverdeado;
- Disúria;
- Hematúria;
- Polaciúria;
- Infecção urinária de repetição;
- Incontinência urinária
- Bexiga hiperativa.
Ao exame físico: podemos encontrar na vulva ressecamento dos grandes e pequenos lábios, estenose de introito vaginal, perda de elasticidade da pele, hiperemia local. Pode haver eversão de mucosa uretral com presença de pólipo uretral.
Ao exame especular: podemos observar paredes vaginais com epitélio vaginal pálido, liso e brilhante e petéquias na parede.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, no entanto, algumas alterações laboratoriais podem ser encontradas, principalmente porque precisamos diferenciar de outras etiologias, como a de vulvovaginites infecciosas.
Características da Vaginite Atrófica:
- Aumento do pH vaginal (> 5);
- Microscopia com solução salina aumento de células basais e parabasais;
- Grande aumento de leucócitos polimorfonucleares;
- Ausência de microrganismos patogênicos.
Tratamento
No caso da SGM isolada é indicado o uso de estrogênio via vaginal, entretanto, se a paciente possui outras queixas da Síndrome Menopáusica, deve-se avaliar o uso de TRH combinada ou não.
GABARITO: Letra D
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