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quinta-feira, 13 fevereiro
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Síndrome hepatopulmonar: como manejar um paciente com hemorragia digestiva

Durante a residência em gastroenterologia e cirurgia, por exemplo, um dos temas críticos que podemos encontrar é o manejo de condições complexas como a hemorragia digestiva alta varicosa (HDA) e a síndrome hepatopulmonar. Por isso, o Grupo MedCof destacou pontos essenciais que futuros residentes devem conhecer para lidar com essas condições de forma eficaz.

Hemorragia Digestiva Alta Varicosa

A HDA varicosa é uma complicação grave da hipertensão portal, frequentemente vista em pacientes com cirrose hepática. O reconhecimento precoce e o manejo adequado são cruciais para reduzir a mortalidade e melhorar os resultados clínicos.

Epidemiologia 

Varizes Esofágicas e Gástricas: As varizes esofágicas são mais comuns que as gástricas, representando menos de 10 a 15% dos casos de varizes gástricas isoladas. A mortalidade dessa condição pode variar entre 15% a 25% em seis semanas, com uma taxa de recorrência de 60% a 70% em 1 a 2 anos sem profilaxia.

Manejo Inicial

O primeiro passo é a estabilização clínica, com proteção das vias aéreas e expansão volêmica com cristaloides são fundamentais. Um fato importante a ser pontuado é que a hemotransfusão é indicada se a hemoglobina estiver abaixo de 7 g/dL.

 Depois disso, partimos para os casos específicos, buscando indícios de hepatopatia. Se identificada, seguimos com a terapia farmacológica, incluindo o uso de vasoconstrictores esplâncnicos (terlipressina ou octreotida) e antibióticos profiláticos (ceftriaxona ou norfloxacino) para prevenir peritonite bacteriana espontânea (PBE).

 A terceira medida que pode ser implementada é a Endoscopia Digestiva Alta (EDA): Procedimento essencial para ligadura ou esclerose de varizes esofágicas e uso de cianoacrilato para varizes gástricas.

Fonte: Acervo de Aulas do Grupo MedCof

Tratamento de Casos Refratários

O Balão de Sengstaken-Blakemore pode ser usado como terapia ponte, mas deve ser utilizado por no máximo 24 horas devido ao risco de ulceração. Já as TIPS (Shunt Portossistêmico Intra-hepático Transjugular) são úteis para reduzir a pressão portal. A cirurgia de Derivação Portossistêmica é menos comum e somente é considerada em casos refratários.

Profilaxia

De forma primária usamos betabloqueadores não seletivos como propranolol e nadolol em pacientes com hipertensão portal clinicamente significativa. Ademais, de forma secundária podemos aplicar uma combinação de betabloqueadores e ligadura elástica para pacientes que já tiveram HDA.

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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