Síndrome Pé-Mão-Boca: Saiba como fazer a análise clínica em adultos.
Leia a seguir
Em 90% dos casos, a doença ou síndrome mão-pé-boca (SMPB) afeta crianças, principalmente menores de 10 anos, sendo incomum em adultos devido a imunidade cruzada com outros enterovírus e a memória imunológica.
Nos últimos anos, entretanto, houve um aumento dos casos nessa faixa etária, apresentando um quadro clínico atípico e dificultando o diagnóstico. Porém, antes de discutirmos a clínica nos adultos, é importante relembrar a clínica nas crianças para compreender bem as diferenças.
Síndrome mão-pé-boca
Quando suspeitamos de SMPB num adulto imunocompetente, devemos sempre pensar no envolvimento de uma estirpe mais virulenta. Sendo assim, nos adultos, é mais comum no sexo masculino e pode estar associada a alguns fatores de risco, como:
- residência em área rural ou outros locais de alta densidade populacional,
- condições sanitárias precárias e
- baixo rendimento familiar.
Além disso, assim como nas crianças, dermatite atópica tem sido apontada como um fator de risco.
Clínica
Em alguns casos, podem ocorrer pródromos da doença, como febre baixa, sintomas respiratórios, dor abominal, diarreia e vômitos.
Dessa forma, nos adultos, as lesões da Síndrome mão-pé-boca se apresentam como bolhas e erupções cutâneas purpúricas, sendo mais graves e extensas que nas crianças, podendo acometer localizações atípicas, como tronco e couro cabeludo. Na cavidade oral, as lesões variam de enantema bolhoso a úlceras, podendo haver confusão com outras doenças que acometem esta cavidade, como gengivoestomatite herpética aguda e estomatite aftose.
Ademais, as complicações nos adultos são as mesmas das crianças: desidratação e possibilidade de infecção concomitante.
Diagnóstico Síndrome mão-pé-boca
Devido a semelhança com outras doenças dermatológicas, no adulto, faz se necessário o uso de exames laboratoriais para fechar o diagnóstico. A
lém disso, sorologias IgM e IgG devem ser solicitadas entre os dias 0 e 15 para avaliar a soroconversão e não devemos esquecer de isolar e identificar o vírus. Culturas virais costumam ter baixa sensibilidade, sendo dispensáveis. Desse modo, a biópsia de pele não é útil para fechar diagnóstico de SMPB, mas pode ser útil para descartar alguns diagnósticos diferenciais.
Tratamento
Assim como nas crianças, o tratamento é sintomático. O prognóstico é benigno e o quadro costuma regredir em até 10 dias. Por fim, agora que já revisamos a síndrome mão-pé-boca nas crianças e nos adultos, lembre-se de anotar as dicas!
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