Síndrome mão-pé-boca: relembre os pontos-chave das apresentações clínicas
Veja a seguir
Síndrome mão-pé-boca
A doença ou Síndrome mão-pé-boca (SMPB) é uma doença infecciosa de alta contagiosidade muito comum na infância, principalmente nas crianças com menos de 5 anos. Desse modo, na grande maioria dos casos, a doença é benigna e autolimitada, durando cerca de uma semana.
Apesar disso, ela pode ser facilmente confundida com outras doenças dermatológicas. Por isso, hoje iremos revisar os pontos-chave para abrir a suspeita através da clínica e não ter mais dúvidas. Bora lá?
Agente Etiológico
A Síndrome mão-pé-boca é causada pelo vírus Coxsackie.
Síndrome mão-pé-boca: Transmissão
De pessoa a pessoa, direta ou indiretamente. Sendo assim, há maior transmissibilidade na primeira semana após o início dos sintomas.
Período de Incubação
Geralmente dura de 3 a 6 dias.
Clínica
A apresentação clínica tem relação direta com a quantidade de vírus a qual o paciente foi exposto.
Quadro típico:
- Febre.
- Dor na garganta.
- Recusa alimentar.
- Lesões vesiculares em mucosa oral e língua, costumam ser ovaladas (”formato de grão de arroz”).
- Erupções pápulo-vesicular em mãos e pés, incluindo palmas e plantas. *Podem não estar presentes em todos os casos.
Eventualmente, na evolução natural da doença, os pacientes podem apresentar mioclonia, tremores, ataxia e paralisia de nervos cranianos.
A principal complicação é a desidratação, que pode ocorrer devido a dificuldade de ingesta hídrica na presença de lesões em cavidade oral.
Ademais, nos últimos anos, observou-se que a Síndrome mão-pé-boca pode ser fatal, principalmente se causada pelo Coxsackie EV 71, podendo acometer sistema circulatório, cardíaco e pulmonar.
Síndrome mão-pé-boca: relembre os pontos-chave das apresentações clínicas
Como sequela tardia, após 3 a 8 semanas, alguns pacientes podem apresentar onicomadese, que é o descolamento da unha a partir da base. Isso pode ocorrer tanto nas mãos quanto nos pés, entretanto, mecanismo que propicia esse acontecimento ainda não é totalmente conhecido.
Porém, alguns estudos mostram relação com a agressão da matriz ungueal na fase de viremia. Costuma apresentar melhora gradual espontânea e recuperação total em cerca de 2 meses. Por fim, em alguns pacientes, também pode ocorrer descamação de extremidades.
E então? Já se sente seguro para elencar essa hipótese diagnóstica na unidade básica de saúde? Então anote as dicas e fique ligado no nosso blog! Bons estudos.
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