Saiba as complicações do uso de Toxina Botulínica e medidas para prevenção no texto elaborado pela Dra. Elisa Coelho, dermatologista pela USP-SP, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, além de coordenadora no MedCof Derma.
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Toxina Botulínica
A toxina botulínica é uma proteína produzida pela bactéria Clostridium botulinum e é usada em tratamentos terapêuticos e estéticos. Assim, ela reduz a aparência das rugas, linhas de expressão e espasmos musculares.
Complicações do Uso de Toxina Botulínica e Medidas para Prevenção
Existem várias marcas comerciais de toxina botulínica disponíveis para uso. Sendo assim, os dois principais tipos são: a toxina botulínica do tipo A (BoNT-A) e a toxina botulínica do tipo B (BoNT-B).
Desse modo, as principais marcas comercializadas e usadas pelos dermatologistas são de toxina botulínica do tipo A, pois ela atua no bloqueio da liberação do neurotransmissor acetilcolina, reduzindo temporariamente a atividade muscular. Dessa forma, gera-se um relaxamento temporário dos músculos.
Ademais, embora a toxina botulínica seja considerada segura quando administrada por profissionais qualificados, o uso inadequado ou a falta de cuidados adequados podem levar a complicações indesejáveis. Dito isso, pode-se citar:
Ptose palpebral
A queda da pálpebra é uma complicação comum, causada pela difusão inadequada da toxina botulínica para os músculos adjacentes (em especial para o músculo elevador da pálpebra superior). Desse modo, ela pode resultar em uma aparência assimétrica e afetar a visão em casos graves.
Assimetria facial
Desequilíbrio muscular devido à toxina botulínica pode resultar em assimetria facial temporária, onde um lado do rosto parece mais relaxado do que o outro.
Efeitos colaterais sistêmicos
Em alguns casos, a toxina botulínica pode se espalhar para áreas não intencionais e causar fraqueza muscular (como pode ocorrer com a aplicação para hiperidrose das mãos) ou efeitos colaterais sistêmicos (raríssimos) como fadiga, náuseas ou dificuldade respiratória.
Como prevenir?
- Seleção do profissional adequado: É fundamental escolher um médico experiente e qualificado na administração da toxina botulínica. Dessa forma, eles devem ter um entendimento profundo da anatomia facial e habilidades técnicas para evitar complicações.
- Avaliação e planejamento adequados: Antes de iniciar o tratamento, o profissional deve realizar uma avaliação completa do paciente, discutir suas expectativas e estabelecer um plano de tratamento adequado. Isso inclui identificar as áreas-alvo e determinar as doses corretas.
- Informar o profissional sobre condições médicas pré-existentes: É essencial comunicar ao profissional qualquer condição médica pré-existente, histórico de alergias, medicamentos em uso e cirurgias anteriores. Assim, isso ajudará a evitar interações medicamentosas indesejadas e complicações relacionadas à saúde.
- Uso adequado de diluição e reconstituição: A diluição e reconstituição da toxina botulínica deve ocorrer de acordo com as instruções do fabricante. Visto que, o uso de concentrações incorretas pode levar a resultados indesejáveis.
- Técnica de administração correta: O profissional deve seguir rigorosamente as diretrizes de injeção da toxina botulínica, incluindo a profundidade, o local e a técnica de injeção apropriados. Isso minimiza o risco de disseminação da toxina para músculos não intencionais.
- Acompanhamento pós-tratamento: É importante que o paciente retorne ao profissional para avaliações de acompanhamento. Isso permite a identificação e tratamento precoce de que qualquer assimetria ou complicação, caso necessário.
Toxina Botulínica: Conclusão
Embora a toxina botulínica seja amplamente utilizada e considerada segura quando administrada adequadamente, é essencial entender que podem ocorrer complicações e, por isso, é necessário cautela e atenção a medidas preventivas.
Portanto, ao escolher um profissional qualificado, realizar uma avaliação adequada, seguir as diretrizes corretas de administração e manter um acompanhamento pós-tratamento, é possível minimizar o risco de complicações indesejáveis. Desse modo, a comunicação aberta entre o paciente e o profissional também desempenha um papel crucial para garantir um tratamento seguro e satisfatório.
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