Saiba os principais tópicos sobre a Triagem Auditiva Neonatal (TAN) e acerte este tema nas provas de residência médica.
Triagem Auditiva Neonatal
Quem precisa fazer? Todos os recém-nascidos, independentemente do risco.
Quais são os testes disponíveis?
Emissão Otoacústica (EOA)
Capaz de identificar a maioria das perdas auditivas cocleares em torno de 30-35 d, este é o teste inicial feito com todos os recém nascidos. Assim, caso o ele dê positivo para perda auditiva, repetimos este mesmo teste em 15 dias.
Potencial Evocado do Tronco Encefálico (PEATE)
Também conhecido pela sigla BERA (Brain Evoked Response Auditory), este teste avalia perda até retrococlear. Desse modo, ele é indicado para os recém-nascidos sem risco que tiveram dois testes EOA positivos para perda auditiva. Mas, por que fazer um terceiro teste antes de encaminhar para um profissional especializado?.
Fazemos o terceiro teste, pois isso diminui os índices de falso-positivos devido às alterações de orelha média, ou presença de vérnix nos condutos auditivos. Consequentemente, há diminuição de encaminhamentos desnecessários para reteste e diagnóstico.
Ok. Entendi que o exame de triagem é o EOA, que pode ser repetido em caso de alteração. E nos casos de dois testes alterados, fazemos o PEATE.
É só isso que precisa saber? Não!! Atenção para a seguinte situação especial:
Preocupação dos pais
Nos casos dos neonatos e lactentes com risco de perda auditiva, justifica-se a realização do PEATE como primeira escolha devido à maior prevalência de perdas auditivas retrococleares não identificáveis por meio do exame de EOAE.
E quem são esses neonatos com risco de perda auditiva nos quais nós faremos o PEATE/BERA?
Preocupação dos pais com o desenvolvimento da criança, da audição, fala ou linguagem. Isso mesmo!! Segundo o protocolo, basta os pais estarem preocupados para indicarmos o PEATE/BERA de cara!!!
• Antecedente familiar de surdez permanente, com início desde a infância, sendo assim considerado como risco de hereditariedade. Os casos de consanguinidade devem ser incluídos neste item.
• Permanência na UTI por mais de cinco dias, ou a ocorrência de qualquer uma das seguintes condições, independente do tempo de permanência na UTI: ventilação extracorpórea; ventilação assistida; exposição a drogas ototóxicas como antibióticos aminoglicosídeos e/ou diuréticos de alça; hiperbilirrubinemia; anóxia perinatal grave; Apgar Neonatal de 0 a 4 no primeiro minuto, ou 0 a 6 no quinto minuto; peso ao nascer inferior a 1.500 gramas.
- Infecções congênitas (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis, HIV).
- Anomalias craniofaciais envolvendo orelha e osso temporal.
- Síndromes genéticas que usualmente expressam deficiência auditiva (como Waardenburg, Alport, Pendred, entre outras).
- Distúrbios neurodegenerativos (ataxia de Friedreich, síndrome de Charcot-Marie-Tooth).
- Infecções bacterianas ou virais pós-natais como citomegalovírus, herpes, sarampo, varicela e meningite.
- Traumatismo craniano.
- Quimioterapia.
Captou a mensagem? Então segue um fluxograma para ajudar na fixação, para aqueles Medcoffers que são mais visuais:
Triagem Auditiva Neonatal: Fluxograma
Diretrizes Atenção Triagem Auditiva Neonatal (Documento completo)
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