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domingo, 19 maio
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Diabetes Mellitus tipo 1: saiba mais sobre!

Diabetes Mellitus tipo 1: saiba mais sobre!

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Definição da doença

A diabetes mellitus tipo 1 é definida pela destruição das células beta presentes nas ilhotas pancreáticas por processos autoimunes. É uma doença que geralmente se manifesta na infância ou na adolescência. 

 

 

Epidemiologia da diabetes melittus tipo 1

A prevalência dessa doença na população geral é de menos de 1% e é mais prevalente em pessoas brancas, sendo que as maiores taxas de incidência mundial ocorrem na Finlândia e na Sardenha. 

 

O pico de diagnóstico ocorre entre os 8 e 13 anos, entretanto pode ocorrer em qualquer faixa etária. Incide igualmente em ambos os sexos e há pouca agregação familiar.

 

 

Fisiopatologia da diabetes mellitus tipo 1

Trata-se de uma doença multifatorial que envolve fatores genéticos, ambientais e imunológicos. Na fase subclínica, há invasão linfocitária das células beta, com consequente insulite linfocitária autoimune e produção de diversos autoanticorpos. 

 

Esse processo causa a destruição gradual e progressiva das células beta, o que promove a falência de secreção de insulina, fazendo com que o paciente se torne dependente de insulina exógena.

 

Alguns fatores desencadeantes da autoimunidade foram apontados como relevantes para a manifestação da doença, como:

 

a) supressão precoce do aleitamento materno com substituição por leite de vaca;

b) infecções virais;

c) melhores condições de higiene; e

d) microbiota intestinal.

 

 

Quadro clínico da doença

Na fase subclínica, há destruição progressiva das células beta pancreáticas, com elevação crescente dos títulos de autoanticorpos e alterações da tolerância à glicose.

 

Nos meses que antecedem ao diagnóstico, com a redução da secreção de insulina, os sintomas começam a surgir, como a poliúria, polidipsia e polifagia, além de perda de peso e fadiga.

 

Caso não seja diagnosticado precocemente, o paciente manifesta a cetoacidose diabética, tendo que ser levado a um serviço de emergência. 

 

O quadro de cetoacidose diabética é uma complicação aguda da doença e que se caracteriza por hiperglicemia, hipercetonemia e acidose metabólica, causando náuseas, vômitos e dor abdominal. Em casos mais graves, pode levar à edema cerebral e morte. 

 

 

Diagnóstico da diabetes mellitus tipo 1

Inicialmente é necessário diagnosticar a diabetes mellitus para depois classificarmos em tipos. Assim, precisamos de dois exames alterados na ausência de sintomas, que podem ser:

 

a) Glicemia de jejum igual ou maior que 126 mg/dL;

b) Glicemia 2h após teste de tolerância oral à glicose acima de 200 mg/dL; ou

c) Hemoglobina glicada maior ou igual a 6,5%. 

 

Além desses critérios, na presença dos sintomas acima citados, uma glicemia ao acaso igual ou maior que 200 mg/dL fecha diagnóstico de diabetes mellitus.

 

Para saber se é diabetes mellitus tipo 1 podemos dosar anticorpos específicos como anticorpos anti-insulina (IA2), anti-decarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD) e anti-ilhota de Langerhans (ICA), além de medir o peptídeo-C, que estima a secreção de insulina endógena.

 

 

Tratamento da diabetes mellitus tipo 1

Todos os pacientes com diabetes mellitus tipo 1 precisam utilizar insulina exógena regularmente e fazer a monitorização glicêmica a fim de manter uma glicemia estável e ajustar a dose de medicação.

 

Além disso, a realização de atividades físicas regularmente e uma dieta balanceada, com carboidratos complexos, rica em fibras e com poucos alimentos processados e ultraprocessados auxiliam a manter o estado euglicêmico. 

 

Também é preciso rastrear periodicamente eventuais complicações da diabetes mellitus, como pé diabético, retinopatia e nefropatia diabéticas. 

 

 

 

 

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