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segunda-feira, 29 abril
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Mononucleose infecciosa

Saiba tudo sobre a mononucleose infecciosa (MI), doença causada pelo Epstein Barr vírus (EBV), que acomete, principalmente, crianças e adolescentes.

Sumário

A mononucleose infecciosa (MI) é uma doença causada pelo Epstein Barr vírus (EBV). O EBV infecta as células epiteliais da orofaringe e atinge os linfócitos B que circulam nessa região.

Epidemiologia

A 1ª infecção, em pessoas de baixo nível socioeconômico, geralmente ocorre na 1ª infância. Estima-se que entre 3-6 anos todas as crianças, provavelmente, já tem sorologia positiva. Já nos grupos com melhor qualidade socioeconômica, a 1ª infecção é mais frequente na adolescência ou idade adulta.

📖 Infecção primária em adolescentes e adultos são assintomáticas em 50% dos casos.

A transmissão ocorre através de secreções orais. O vírus é excretado em maiores concentrações nos 6 primeiros meses após a infecção, podendo durar até 1 ano. Após esse período, a excreção passa a ser menor e intermitente.

⚠️ LEMBRE-SE: Imunossupressão causa reativação do vírus latente.

O EBV também é encontrado em secreções genitais, podendo ocorrer transmissão sexual.

Clínica

O período de incubação dura de 4 a 7 semanas. Na fase inicial, os pacientes apresentam sintomas inespecíficos como cefaleia, mal estar, fadiga e mialgia. Depois, apresentam a tríade da MI: febre + linfadenomegalia + faringite.

A faringite costuma causar dor forte, se tornando a queixa principal. A febre geralmente é vespertina com picos de até 39-40ºC e se resolve com 10-14 dias, podendo se prolongar por até 1 mês. Já a linfadenopatia mais comum é cervical posterior bilateral e mais proeminente nas primeiras 2 a 4 semanas. Os gânglios tem características benignas podendo medir até 4cm.

(Fonte: Google imagens).

📖 A linfadenopatia também pode ser cervical anterior, submandibular e axilar.

urante a evolução do quadro, pode ocorrer exantema cutâneo com qualquer característica, geralmente causados pelo uso de antibióticos betalactâmicos (90% dos casos).

Alguns pacientes podem apresentar hepatoesplenomegalia e edema bipalpebral (sinal de Hoagland).

(Fonte: Google imagens).

Diagnóstico laboratorial

Hemograma completo revela linfocitose relativa e absoluta, com pico entre 2 e 3 semanas, neutropenia relativa e absoluta, trombocitopenia e anemia. Também ocorre aumento das enzimas hepáticas. Em alguns casos, pode ocorrer aumento de bilirrubina e, consequentemente, icterícia.

⚠️ LEMBRE-SE: A presença de linfócitos atípicos é muito característica mas não é patognomônica.

A presença de anticorpos heterófilos e específicos e o teste de avidez de anticorpos também ajudam no diagnóstico.

⚠️ LEMBRE-SE: O teste de avidez de anticorpos não é recomendado em recém-nascidos devido a passagem transplacentária de IgG materno.

Tratamento

O tratamento da mononucleose infecciosa é sintomático. Antipiréticos e anti inflamatórios podem ser usados para conter a febre e melhorar a odinofagia. Repouso é indicado nas primeiros semanas pelo risco de ruptura esplênica traumática. O aciclovir pode ser usado, pois inibe a replicação do EBV e diminui a excreção viral. Entretanto, não causam melhora clínica.

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